Caso Tijucal: Juíza ouve acusado de extermínio
O processo que Douglas responde, por homicídio qualificado, de quatro vítimas, está praticamente pronto para ser enviado ao Tribunal do Júri. O Ministério Público apresentou, no final da semana passada, o libelo crime acusatório, que confirma a sentença de pronúncia, a qual determinou, à revelia (uma vez que Douglas estava foragido), que o réu fosse a julgamento popular.
Douglas estava foragido há quase dez anos. A prisão preventiva dele foi decretada em janeiro de 1997. Apesar de ter sido preso um ano antes, na época dos crimes, acabou sendo solto. Quando a preventiva foi decretada já havia desaparecido.
Apesar disso, o processo teve andamento na 12ª Vara Criminal. Agora, só falta o advogado do réu, Zoroastro Teixeira, contrariar o libelo. Após isso, o processo segue para a juíza, que deverá encaminhá-lo para a 1ª Vara Criminal, responsável pelo Tribunal do Júri.
Em um despacho no processo, da semana passada, a juíza Maria Aparecida Fago fala em agilidade no processo, ressaltando que prolongar o tempo seria aumentar o "desespero" das mães dos três jovens que nunca foram localizados, além de "contribuir para o desassossego geral e descrédito na Justiça".
O processo que Douglas responde é pelo homicídio de Adriano Barbosa da Silva, o "Talinha", de Marcos Henrique Sampaio, Vilmar da Silva Fernandes e Ednelson Soares. Os corpos dos três últimos nunca foram localizados. Entretanto, o delegado Márcio Pieroni afirmou que tem "praticamente convicção" de onde estão os corpos. Ele ressalta que aguarda, no entanto, uma confirmação de Douglas, o que ajudaria, pois a área onde ele acredita que os corpos foram desovados é de preservação ambiental.
Douglas foi preso no final de janeiro em Aparecida de Goiânia (GO), depois de ser investigado por vender jazigos falsos. Ele chegou em Cuiabá na última sexta-feira. O recambiamento foi feito pelo delegado Márcio Pieroni, que atua no caso desde o início.
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