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Polícia Brasil
Terça - 27 de Fevereiro de 2007 às 05:32

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A Delegacia de Homicídios da Zona Oeste (DH-Oeste), responsável pela apuração do assassinato do inspetor Félix dos Santos Tostes, vai convocar testemunhas que depuseram no inquérito da morte do PM Jorsan de Oliveira, executado em janeiro em Jacarepaguá. Há informações sobre a ligação entre Félix e o PM, suspeito de envolvimento com caça-níqueis e milícias.

Nos próximos dias, a polícia também deverá pedir a quebra do sigilo telefônico de pessoas ligadas a Félix. A viúva do inspetor, Maria do Socorro Barbosa, foi ouvida ontem por policiais da DH-Oeste. Ela negou que o marido tivesse sofrido ameaças um mês antes do crime. Apontado como braço direito de Félix e contador da organização, Washington também depôs. A polícia não divulgou o teor dos relatos.

Mais cedo, seis policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), entre eles um tenente, foram indiciados na 16ª DP (Barra da Tijuca) por abuso de autoridade. Eles são acusados de entrar sem mandado judicial, nos apartamentos de Félix e Washington, no Itanhangá. De acordo com o delegado Carlos Augusto Nogueira, os PMs disseram em depoimento que foram checar informações sobre possível esconderijo de traficante e de armas.

A viúva do inspetor, no entanto, apresentou outra versão. Segundo ela, por volta das 11h, os policiais teriam chegado ao prédio, na Estrada de Jacarepaguá, e ameaçado sobrinha de Rosilane Ferreira Leite, mulher de Washington. "Os PMs teriam dito à moça que, caso não abrisse a porta, poderia ser presa", contou Nogueira.

Rosilane informou que os policiais teriam revirado o apartamento de Washington e levado R$ 4,5 mil, além de cordão de ouro.

Depois, os seis PMs do Bope teriam seguido para o apartamento de Félix, dois andares abaixo. Maria do Socorro afirmou que a porta do imóvel, em obras, foi arrombada e que encontrou fezes embaixo da cama.

Segundo o delegado, os PMs podem perder a função e ser detidos. O comandante do Bope, coronel Pinheiro Neto, disse que não sabia que policiais foram ao apartamento e que abriu sindicância para investigar as denúncias. "Sabia apenas que checavam informes na área do 31º BPM (Recreio), mas não soube que o desdobramento foi nesse local".




Fonte: O Dia On Line

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