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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 27 de Fevereiro de 2007 às 04:22

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O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, previu nesta segunda-feira que o crescimento da economia mundial ficará ao redor de 5% este ano.

Em discurso na Escola de Estudos Empresariais da Universidade de Harvard, Rato afirmou também que neste momento a economia mundial "se encontra numa posição forte".

O executivo disse que a taxa se deve a uma gestão positiva da economia durante os últimos anos. Será o quinto ano de crescimento forte, "o quinto período mais forte para a economia global desde o fim da década de 1960", avaliou.

Rato disse que a economia está pisando no freio nos Estados Unidos, mas na eurozona e no Japão o crescimento "se mostra sólido".

Segundo Rato, num panorama encorajador, os mercados financeiros são beneficiados e os riscos para as perspectivas econômicas parecem ter diminuído.

"Há seis meses estávamos preocupados com uma queda no mercado hipotecário dos EUA, que porém até agora parece ser limitado. Também preocupavam os altos e voláteis preços do petróleo, que têm caído.

Ainda nos preocupam as pressões inflacionárias", comentou.

No entanto, Rato alertou para alguns fatores de risco, entre eles o que chamou de "ajuste desordenado" dos desequilíbrios globais de pagamento.

"Estes riscos são relativamente baixos, mas os custos são altos.

E embora haja indícios de que os desequilíbrios globais se estabilizam, é provável que continuem grandes no futuro", previu.

Rato deu como exemplo o déficit no balanço de pagamentos americano, que se mantém "teimosamente grande". O diretor-executivo do FMI disse que como resultado os EUA dependem das economias externas, que representaram cerca de 6,5% do produto interno bruto (PIB) em 2006 "e o déficit deve ficar no mesmo nível este ano".

Em contraposição, Rato citou os grandes excedentes no comércio exterior dos mercados das economias emergentes da Ásia, especialmente China, dos países exportadores de petróleo e do Japão.

Para ele, desequilíbrios entre EUA e o resto do mundo não são sustentáveis a longo prazo.

"Se não fizermos nada para reduzir o desequilíbrio gradualmente, ele vai cair de maneira repentina e caótica", alertou.




Fonte: Agência EFE

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