EUA querem "medidas progressivas" para pressionar Irã
Diplomatas dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, reuniram-se em Londres para discutir a imposição de mais sanções contra o Irã. Os EUA e outros países ocidentais acreditam que o Irã esteja planejando produzir armas atômicas sob a fachada de um programa nuclear civil. O Irã nega essa intenção, mas não cumpriu os prazos determinados pela ONU para parar de enriquecer urânio, material que pode ser usado como combustível para usinas nucleares ou para produzir armas atômicas.
A reunião em Londres entre Grã-Bretanha, China, França, Rússia e EUA, além da Alemanha, foi a largada das negociações -- que podem ser bem longas -- sobre a imposição de novas sanções ao Irã.
A Rússia, que mantém uma extensa negociação nuclear com o Irã, já questionou a utilidade de novas sanções, sugerindo que pode haver dificuldade para a obtenção de um acordo sobre uma nova resolução.
"O que achamos que deve acontecer é uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU ... ou novas medidas progressivas ... que aumentem a pressão diplomática sobre o Irã", disse a repórteres o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Sean McCormack.
Ele disse acreditar que essas medidas "provavelmente terão de" ser impostas na forma de uma nova resolução do Conselho de Segurança.
"Não posso dizer exatamente que forma elas assumirão, mas seria pressão diplomática sobre eles, e minha expectativa é que a resolução tenha natureza progressiva", afirmou ele.
Os Estados Unidos e várias nações européias, como a Grã-Bretanha e a França, estão pressionando para a imposição de mais sanções contra o Irã. Uma resolução datada de 23 de dezembro já havia imposto sanções, mas os iranianos ignoraram o prazo determinado pelo texto.
Entre as novas medidas que estão sendo analisadas estão a proibição de viagens de autoridades iranianas envolvidas no programa nuclear, além da ampliação das restrições de materiais que Teerã não pode vender nem comprar e restrições a vistos para estudantes iranianos que atuem em áreas nucleares.
Algumas dessas medidas já foram discutidas antes da resolução de 23 de dezembro, mas foram abandonadas devido à oposição russa.
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