Crescem os empréstimos para pagar escola e impostos em 2007

Empréstimos feitos por famílias para pagar impostos e despesas escolares - gastos típicos do início de ano - foram um dos principais responsáveis pelo aumento do volume de empréstimos bancários em janeiro.

No total, os bancos emprestaram R$ 733,8 bilhões, valor 0,7% maior do que o registrado em dezembro e que representa 34,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste mês, os juros cobrados do consumidor que busca dinheiro nos bancos também registraram pequeno aumento.

Só os empréstimos concedidos para pessoas físicas (com exceção dos tomados para financiar casa própria,os créditos rurais e os tomados no BNDES), cresceram 1,4% em janeiro e chegaram a R$ 242,4 bilhões. Já o financiamento habitacional foi a modalidade cujo saldo apresentou o maior crescimento, 22,6%, nos últimos doze meses. Em janeiro, foram emprestados R$ 35,4 bilhões para a compra da casa própria

Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (26). O BC divide os empréstimos em duas categorias: com recursos direcionados (habitação, crédito rural e BNDES) e recursos livres (o restante). A primeira categoria acabou janeiro com um total de R$ 237,2 bilhões emprestados, crescimento de 1,3% em relação ao mês anterior, graças aos créditos habitacionais e também pelo aumento de empréstimos concedidos pelo BNDES (1,2%). A segunda tece saldo de R$ 501,5 bilhões, crescimento de 0,4%, impulsionado pelos empréstimos familiares.

Segundo o BC, os desembolsos efetuados pelo BNDES atingiram R$ 4,7 bilhões em janeiro, com aumento de 88,1% comparativamente ao mesmo mês de 2006. Esse desempenho foi determinado, fundamentalmente, pela expansão dos financiamentos destinados à indústria, saldo de R$ 3,1 bilhões, ante R$ 649 milhões em janeiro do ano passado, com ênfase para os segmentos de metalurgia básica e de alimentos e bebidas. Em sentido contrário, as liberações para o setor de comércio e serviços decresceram 16,4%, totalizando R$ 1,2 bilhão.