Taxa para veículo eleva juro bancário apesar de Selic menor

O aumento dos juros cobrados na aquisição de veículos fez com que a taxa média cobrada pelos bancos apresentasse uma elevação no mês passado. Para as pessoas físicas, o juro médio passou de 52,1% em dezembro para 52,3% ao ano em janeiro, segundo divulgado hoje pelo Banco Central. Essa elevação ocorre mesmo com o corte na Selic feito em janeiro pelo Copom (Comitê de Política Monetária), para 13% ao ano. Essa taxa serve como referência para o mercado.

Das linhas de crédito destinadas aos consumidores, a única elevação foi registrada na modalidade voltada para a compra de veículos automotores. Essa taxa de juros apresentou uma elevação de 0,4 ponto percentual, para 32,7% ao ano em janeiro.

A taxa do crédito pessoal ficou estável em 57,2% ao ano em janeiro. Em 12 meses, os juros dessa modalidade apresentaram um recuo de 11,7 pontos.

Dentro dessa linha está o crédito consignado, que em janeiro registrou uma queda na taxa de 33,3% para 32,9% ao ano. Foi justamente essa queda que possibilitou a estabilidade da taxa no crédito pessoal. Sem considerar as operações com desconto em folha, os juros subiram 1,3 ponto percentual, para 74,6% ao ano.

O desconto em folha representava em janeiro 54,8% do crédito pessoal (R$ 49,463 bilhões). Os consumidores optam por essa linha no lugar de outras com taxas mais elevadas.

Já a taxa do cheque especial recuou 0,1 ponto percentual, mas mantém o posto de modalidade mais cara para a pessoa física, 141,9% ao ano em janeiro.

A única taxa que apresentou forte recuo em janeiro foi a cobrada para a aquisição de bens (exceto veículos), para 59,3% ao ano, ante 61% em dezembro.