Sem-terra iniciam marcha para "derrubar" superintendente do Incra em MT
Há informações de que o grupo continuará a caminhada até às 11 horas e sua chegada a Cuiabá, pode durar até três dias. Dirigentes do MTA ainda garantiram que o protesto não vai resultar na interdição da rodovia. "Vamos pela estrada, mas com o opoio da PRF, que vai cuidar do tráfego e da pista" - disse um dos líderes. A assessoria da Polícia Rodoviária Federal informou que o trânsito é lento por onde passam os manifestantes.
Há anos os trabalhadores rurais acampados na Serra de São Vicente aguardam pela liberação de áreas. Por várias vezes eles já bloquearam a BR-364 em protesto contra o que consideravam como lentidão nos processos de assentamento. Leonel Wolfhart vem alegando, por sua vez, falta de recursos. O Incra em Mato Grosso estaria trabalhando com pouca verba.
No ano passado, o Incra prometeu, em um acordo com os acampados, dar prioridade ao trabalho topográfico em seis áreas de interesse do movimento, sendo três na região Médio Norte e outras três no Sul do estado.
Os acampados reclamam também da falta de condições higiênicas devido à contaminação do lençol freático do único poço que abastece todo o acampamento. Por causa disso, inúmeros casos de doenças surgiram. “Tá dando virose a gente não sabe o que é. Com esse clima, as bactérias contaminam a água” - disse Sueli Coutinho, uma das acampadas. O acampamento tem mais de 280 crianças entre recém nascidos e em idade escolar, das quais, conforme Raildo, são as mais afetadas.
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