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Nacional
Domingo - 25 de Fevereiro de 2007 às 22:59

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Na catedral de Santo Antônio, no centro de Guaratinguetá (176 km de SP), 20 mulheres voluntárias se reúnem diariamente para fazer as famosas pílulas de frei Galvão, que também são produzidas no Mosteiro da Luz, na capital paulista.

Desde dezembro, quando o Vaticano reconheceu um segundo milagre atribuído ao frade, a produção das pílulas em Guaratinguetá cresceu 50%, diz Kalil. Todo mês, são feitas cerca de 90 mil unidades, para o Brasil e até para o exterior.

Produzidas a partir de papel higienizado e distribuídas gratuitamente, as pílulas trazem a frase "Após o parto, ò virgem mãe de Deus, permaneceste inviolada. Intercede por nós", atribuída a frei Galvão. Tidas por milagrosas, são solicitadas por meio de dezenas de cartas que chegam ao templo. É gente em busca de cura ou proteção.

A produção das pílulas é coordenada por Ondina Kalil, 71, presidente da Irmandade Frei Galvão. Fundada em 1999, logo após a beatificação do frade, a entidade visa divulgar a obra daquele que, em maio, será o primeiro santo brasileiro, nascido na cidade em 1739.

Entre as atribuições de Kalil está a leitura das cartas. Muitas delas são histórias de dor e tristeza. "São pessoas com todos os tipos de doença que recorrem às pílulas de frei Galvão para obter a cura. E também muitas mulheres grávidas, que buscam proteção e um bom parto."

Kalil disse que o pedido que mais a emocionou chegou recentemente do Rio de Janeiro. Grávida, a mulher pedia a intervenção do frade para salvar o filho ainda na barriga, que possui problemas de formação. "Ela diz na carta que foi aconselhada a abortar, mas que está disposta a levar a gravidez até o fim, pois tem esperança de que frei Galvão irá ajudá-la", disse.

A presidente da irmandade não conseguia conter a alegria após receber, na sexta, a notícia de que o papa Bento 16 canonizará o franciscano em sua visita ao Brasil. "Ver frei Galvão se tornar santo é um sonho que acalento desde os dez anos." Imagens

Além das pílulas, o anúncio da canonização do frade também fez crescer a procura por imagens do primeiro santo brasileiro. A demanda, porém, ainda é baixa, aponta Alécio Salles, 33, dono de fábrica de imagens que trabalha com os irmãos Agda e Álvaro. A fábrica funciona em Guaratinguetá há dez anos.

Segundo ele, a produção de imagens de frei Galvão cresceu cerca de 50% nos últimos meses. Responde hoje por 10% das 10 mil unidades que a empresa fabrica mensalmente.

"Embora tenha se falado muito em frei Galvão nos últimos meses, ele ainda é pouco conhecido no país. Mas acredito que essa situação deva mudar agora", disse ele.

A confiança no crescimento da procura por imagens do frade é tanta que Salles já planeja mudar a fábrica para uma área quatro vezes maior que a atual, de 600 m2. "Temos 16 funcionários e a expectativa é chegar a 50 nos próximos dois anos."





Fonte: Agência Folha

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