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Agronegócios
Domingo - 25 de Fevereiro de 2007 às 13:21

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O governo brasileiro terá que abater cerca de 60 mil cabeças de gado para conter a febre aftosa nos municípios sul-mato-grossenses de Eldorado, Japorã e Mundo Novo. Há dois anos, as três cidades estão interditadas e monitoradas por causa da doença. A operação começou no início da semana, e cerca de cinco mil animais já foram abatidos dentro das normas brasileiras e internacionais de saneamento. As informações são da Agência Brasil e a estimativava é do Ministério da Agricultura.

Segundo o coordenador de combate à febre aftosa do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, diferentemente do sacrifício sanitário, quando o animal doente é morto e enterrado, nesta operação, será possível o abate para consumo da carne, que será destinada aos mercados de Mato Grosso do sul e de outros estados.

Para que a carne desses animais possa ser consumida, passa por um tratamento especial, explicou Marques. "Limpamos o foco, tendo um critério técnico e dando total garantia sanitária para o mercado que consumirá o produto, no sentido de que toda carne vai ser maturada ou seja resfriada", disse ele. A maturação permite que PH da carne baixe a menos de 6 e, conseqüentemente, inviabilize qualquer vírus de febre aftosa que porventura que esteja no produto.

Além disso, a carne é desossada. "Tanto o osso quanto as vísceras, couro e outros subprodutos são destruídos ou submetidos a tratamentos físicos e químicos capazes de matar o vírus”, acrescentou o coordenador de combate à febre aftosa do Ministério da Agricultura.

Guilherme Marques não soube precisar o total do prejuízo causado pela doença nos últimos dois anos em Mato Grosso do Sul, estado que detém o segundo maior rebanho do país. O técnico destacou, porém, o caso do estado de Santa Catarina, que há seis seis anos não vacina seu rebanho é está livre da doença.

’’O Brasil é um país com extensão territorial continental, tem regiões com status sanitários diferentes sobre as dimensões da febre aftosa. Como exemplo, temos o estado de Santa Catarina, que já há seis anos não vacina o rebanho e detém o reconhecimento do próprio Ministério da Agricultura como livre da doença sem vacinação", afirmou o técnico. Segundo ele, estado está sendo avaliado neste momento pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para o reconhecimento internacional do estado como livre de febre aftosa sem vacinação.

De acordo com Marques, para atingir a meta de erradicação total da doença no território nacional até 2009, é necessário o comprometimento de todos os governos e do próprio pecuarista, que deve denunciar qualquer suspeita da doença em sua propriedade ou em propriedade vizinhas. Para isso, qualquer pessoa pode ligar para Ministério da Agricultura. O telefone é 0800611995, e a ligação é gratuita.





Fonte: ABr

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