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Segunda - 01 de Abril de 2013 às 07:46
Por: Jacques Gosch

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   A oposição na Câmara de Cuiabá promete aguardar até 10 de abril, quando a gestão Mauro Mendes (PSB) completará 100 dias, para endurecer as críticas ao prefeito. Por enquanto, os vereadores Allan Kardec (PT), Arilson da Silva (PT), Maurélio Ribeiro (PSDB), Ricardo Saad (PSDB), Toninho de Souza (PSD), Marcrean Santos (PRTB) e Oseas Machado (PSC) estão concentrados em críticas pontuais e reconhecem que os principais problemas são “herança” da administração anterior. O presidente do Legislativo João Emanuel (PSD), que também é alinhado ao bloco oposicionista, acaba mantendo uma posição de neutralidade em função do cargo que ocupa.

 

    Segundo Kardec, a postura adotada pela oposição é resultado do pedido de trégua feito pelo líder do governo Leonardo de Oliveira (PTB). O petista, entretanto, avisa que o acordo tem dia e hora para acabar. “Estamos cumprindo o acordo com o vereador Leonardo, que sempre foi leal conosco. Dia 10 de abril, o prefeito completa 100 dias de gestão e as críticas vão ficar mais pesadas. Vamos olhar com lupa cada item do programa de governo, cobrar a execução de cada promessa de campanha”.

   Fora à oposição declarada, também existe o chamado Bloco Independente formado pelos vereadores Renivaldo Nascimento (PDT), Lilo Pinheiro (PRP), Marcrean Santos (PRP) e Juca do Guaraná Filho (PT do B). Embora PDT e PRP integrem a base governista, os vereadores optaram pela independência para não “colar” a imagem aos inevitáveis desgastes que o prefeito irá sofrer ao longo da administração.

 

Tchelo Figueiredo

Tchelo Figueiredo -- Prefeito Mauro Mendes

Prefeito Mauro Mendes

   Além disso, a negativa de Mauro em atender a solicitação do PRP e substituir o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico Elias Alves de Andrade, contribuiu para o afastamento de Lilo e Kero Kero. Renivaldo, por sua vez, sustenta que ser independente não significa longe da base. “Criamos o Bloco Independente por coerência política. Nosso compromisso é com Cuiabá. Vamos aprovar o que é bom para a população e rejeitar o que não interessa. Apesar do meu partido ser situação, não sou obrigado a dizer amém para o prefeito”, afirma o pedetista.

 

   Embora não estejam organizados em bloco, a vereadora Lueci Ramos (PSDB) e os peemedebistas Domingos Sávio e Haroldo Kuzai também agem como independentes. A tucana, que já está no quinto mandato, prefere não polemizar para continuar usufruindo dos benefícios que o alinhamento ao Executivo pode trazer às políticas assistencialistas, que garantiram às sucessivas reeleições.

   Os vereadores do PMDB, que nas eleições municipais apoiaram o petista Lúdio Cabral e também foram derrotados por Mauro, preferiram não se alinhar à oposição. Isso porque, nos bastidores, a cúpula partidária já articula a aproximação com o Executivo e os cargos públicos que podem ser oferecidos pelo prefeito. Ainda que não negue a possibilidade, Domingos Sávio prefere utilizar outros argumentos para se justificar. “É muito cedo para assumir um posicionamento de oposição. A função do vereador não é apoiar o prefeito. É apoiar Cuiabá”, enfatiza.

   Situação

   Na situação estão os três vereadores do PSB – Onofre Júnior, Faissal Calil e Adilson Levante. Superado o episódio da eleição da Mesa Diretora, quando Onofre e Faissal levaram a pecha de traidores por desrespeitar orientação partidária, a dupla está mais comedida e faz apenas apontamentos sobre eventuais medidas que consideram equivocadas. Já Levante continua na condição de coadjuvante, permanecendo calado em todas as sessões. A base governista ainda conta com Adevair Cabral (PDT), Mário Nadaf (PV), Chico 2000 (PR) e a bancada do PTB composta por Júlio Pinheiro, Dilemário Alencar e Clovito, além do líder do Governo Leonardo de Oliveira.

   De acordo com Leonardo, a liderança tem sido desempenhada sem maiores transtornos. O petebista também não vê motivos para oposição sistemática contra o prefeito. “Nos 100 dias, ao invés de problemas, aparecerão as primeiras realizações da gestão. Os projetos estão saindo do papel. O prefeito poderá apresentar 200 quilômetros de vias recuperadas, a inauguração de 50 creches, a revitalização do Centro Histórico e o novo pronto-socorro. É natural que os vereadores da oposição cobrem, mas a população sabe que Cuiabá não vai mudar num estalar de dedos”.





Fonte: RD News

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