Desgaste aéreo deve provocar mudanças no Santos ante o Marília
Alguns atletas se queixaram de dores musculares provocadas pela rotina de jogos e aeroportos, entre eles o meia-esquerda Zé Roberto, que dificilmente atuará os 90 min em Marília.
"Não tem como manter uma rotina de jogos e viagens sem sentir o desgaste. O que mais pesa são as longas horas na viagem. Mas estou à disposição do treinador para o domingo", declarou o camisa 10, no desembarque do elenco na Baixada Santista.
Outro que sentiu as conseqüências da interminável chegada ao país foi o avante Marcos Aurélio, que reclamou do desconforto no avião. "Precisamos sair um pouco da poltrona e ficar andando para não cansar. A poltrona era pequena e a volta ao Brasil acabou sendo bem cansativa. Foram 17 horas", chiou Aurélio, um dos mais baixos do elenco, com apenas 1,67m.
O Santos precisa poupar alguns atletas para equilibrar o estágio físico, alertou o preparador físico do clube, Antônio Mello. No treino desta sexta estiveram nos campos do CT Rei Pelé apenas os jogadores que não enfrentaram o Deportivo Pasto. Os titulares fizeram exercícios de relaxamento na piscina do Complexo Modesto Roma.
"O Zé Roberto usou toda a sua experiência ao declarar que o cansaço provoca reações negativas em campo. O jogador desgastado passa a não executar seus movimentos da melhor forma. A palavra mais correta agora é poupar. Passaremos ao Vanderlei as condições de cada jogador e caberá a ele definir quem joga ou não no domingo", informou Mello.
Para atenuar os efeitos da maratona, a diretoria do Santos providenciou vôo fretado direto para Marília. O avião decola às 11 horas de domingo, na base aérea de Santos. A decisão do clube foi enaltecida pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, cujo fretamento era peça imprescindível da logística arquitetada pela comissão técnica.
"Evitaremos passar pelo aeroporto e isso ajuda na recuperação dos atletas. Vale a pena o custo [do fretado]. Vamos usar esse ganho de tempo a nosso favor em Marília", disse Luxemburgo.
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