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Economia
Sábado - 24 de Fevereiro de 2007 às 09:05
Por: Sonia Fiori

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Prestes a completar quatro anos de criação, a MT Gás deverá ser privatizada. Os detalhes do procedimento, como abertura do edital de licitação e ainda o preço da venda da concessão, ainda não foram definidos. Entretanto, as negociações com empresas interessadas como a Petrobras deverão respaldar a intenção do governo do Estado de privatizar o sistema.

Problemas ligados à falta de recursos para novos investimentos no setor de distribuição embasam a proposta, informou o presidente da companhia, Helny de Paula. As dificuldades decorrentes do alto custo na área de distribuição não seriam a mola propulsora para a privatização, assegurou Helny.

O gás natural possui o atrativo de ser mais barato que a energia elétrica. Porém, a distribuição do produto equivale hoje a aproximadamente US$ 100 mil dólares o quilômetro do gasoduto.

“Se tiver empresa grande interessada para investir, estamos abertos às conversas. Nosso interesse é na questão dos investimentos, já que o governo do Estado não tem recursos para novas aplicações”, explicou. Além da Petrobras, que no ano passado teria sinalizado com a possibilidade de instalar uma usina de fertilizantes no Estado, o presidente também demonstrou expectativa em relação à Shell. “A Petrobras ou a Shell, ou outra empresa que tiver suporte para lidar com o setor, será avaliada”, disse.

A MT Gás funciona em regime de sociedade anônima com patrimônio próprio. Possui autonomia administrativa e financeira. Desta forma, também é responsável pelos próprios investimentos, destacou Helny. Segundo o presidente, o faturamento da companhia gira hoje mensalmente em torno de R$ 600 mil. O maior faturamento está ligado, diretamente, à Termelétrica de Cuiabá. A utilização do gás natural veicular (GNV) ainda não representa uma fonte segura de capital, admitiu Paula.

“A utilização do gás veicular ainda é pequena no Estado, representando um consumo aproximado de 350 mil metros cúbicos por mês. Já a termelétrica utiliza mensalmente cerca de 1,3 milhão de metros cúbicos. A diferença é grande, e com certeza o grande consumo está por conta da termelétrica. É esse setor que dá a sustentação da MT Gás”, avaliou. A MT Gás foi criada pela Lei 7.939 de 28 de julho de 2003.

Helny, que é vereador em Cuiabá, está licenciado para ocupar a presidência da estatal. Porém, ele já conversou com o governador Blairo Maggi sobre sua pretensão de deixar o cargo nos próximos 60 dias para retomar as funções no Legislativo da Capital, onde pretende no próximo ano disputar a reeleição.

Maggi não confirmou quem vai substituir o presidente da estatal. Entretanto, qualquer decisão só deverá ser oficializada após as férias do governador, que acontece a partir do dia 6 de março.





Fonte: Diário de Cuiabá

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