Mercadante comemora decisão da PGR de inocentá-lo do escândalo do dossiê
O STF (Supremo Tribunal Federal) ainda irá analisar o parecer da Procuradoria e pode aceitar ou não o relatório que inocenta Mercadante. "[A decisão] comprova que, como tenho dito e repetido desde o início deste lamentável episódio, que tanto me prejudicou, não há nem nunca houve qualquer envolvimento, qualquer participação minha nessa condenável tentativa de compra de dossiê", diz na nota.
O escândalo estourou no final do primeiro turno da campanha eleitoral do ano passado e respingou nas candidaturas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição e do próprio Mercadante ao governo de São Paulo. Lula acusou os envolvidos no escândalo de "aloprados" e responsabilizou a iniciativa por levar a eleição para o segundo turno. O documento teria como objetivo prejudicar a campanha de José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo.
Mercadante foi envolvido porque Hamilton Lacerda --seu assessor na campanha-- teria levado dinheiro para dois petistas que trabalhavam na campanha de Lula e que seria usado para comprar os documentos. O valor apreendido foi de R$ 1,75 milhão. Lacerda disse que foi ao hotel apenas levar mudas de roupas para os petistas.
Na nota, o petista diz estar "feliz" porque o procurador "tem sido extremamente rigoroso em seus atos, realizou uma análise profunda e minuciosa sobre o inquérito, e, finalmente, concluiu pela improcedência do pedido de indiciamento e pelo arquivamento do processo". E complementa: "Aguardo agora, serenamente, o pronunciamento definitivo do Supremo Tribunal Federal".
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