Indonésia tenta tampar vulcão de lama com bolas de concreto
Um volume de lama quente e tóxica equivalente a cerca de um milhão de barris de petróleo flui para fora do buraco, aberto num local de prospecção de gás natural, a cada dia. A situação perdura há nove meses, e já forçou cerca de 11.000 pessoas a fugir de suas casas.
As bolas de cimento, acorrentadas, pesam até 250 kg cada uma, e serão jogadas na boca do vulcão de lama a partir de um andaime, nesta sexta-feira, 23, informa Rudi Novrianto, porta-voz da força-tarefa encarregada de contornar o desastre.
Se bem-sucedida, a operação reduzirá em até 70% o volume da lama, que atualmente é canalizada para um rio, por meio de um sistema de diques.
Há diferentes opiniões sobre a causa da inundação de lama, a maior já vista na Indonésia, mas especialistas concordam que o fluxo poderá durar anos.
Alguns cientistas sugerem que a ruptura foi desencadeada pelo uso de técnicas inadequadas na exploração do gás, de responsabilidade da empresa PT Lapindo Brantas. Outras pesquisas indicam que o vulcão pode ser resultado de uma intensificação da atividade sísmica, após um terremoto que ocorreu dois dias antes do início da erupção.
Comentários