Outros dois trabalhadores italianos são seqüestrados na Nigéria
Este novo seqüestro faz subir para quatro o número de trabalhadores italianos capturados na região do delta do Níger, onde em 7 de dezembro outros três italianos foram seqüestrados, um dos quais foi libertado em janeiro após ficar doente.
O Ministério das Relações Exteriores da Itália pediu que as empresas italianas que operam na região do delta de Níger retirem a seus funcionários estrangeiros, afirmou ao canal de televisão "Sky TG24" a chefe da unidade de crise, Elisabetta Belloni.
O novo ataque contra empresas e trabalhadores italianos aconteceu em "uma zona de alto risco para a segurança em geral e, em particular, para os seqüestros", acrescentou.
"As condições de segurança neste momento são tão graves que é prudente trabalhar sem pessoal estrangeiro", disse Belloni.
O Ministério de Exteriores iniciou uma unidade de crise para acompanhar os eventos através da embaixada na capital nigeriana, Abuja.
O seqüestro ocorreu durante um ataque de desconhecidos que chegaram em lanchas a uma área onde a Impreglio construía uma ponte e aconteceu um tiroteio, disseram fontes ministeriais.
Os atacantes tentaram reter três trabalhadores, todos eles italianos, mas um conseguiu escapar, e por fim capturaram Lúcio Moro e Luciano Passarin, ambos da região de Friuli-Venezia-Giulia (norte), e que estão na Nigéria desde setembro de 2005 e julho de 2006, respectivamente.
Por enquanto, não há informações sobre a autoria do novo seqüestro, mas o último nessa zona contra trabalhadores italianos foi cometido pelo Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (Mend).
O Mend ainda mantém retidos dois trabalhadores seqüestrados em dezembro, da empresa Agip, enquanto nesta semana outro de nacionalidade libanesa conseguiu escapar.
Após aquele seqüestro, o Mend afirmou que libertaria seus reféns através de uma "troca" por dois dirigentes do Delta do Níger, presos e processados por desvio de fundos e sedição, e negou que quisesse dinheiro.
Em um caso semelhante, em novembro passado, um refém britânico morreu e outro ficou ferido durante uma operação militar nigeriana para libertar sete trabalhadores seqüestrados da empresa italiana de hidrocarbonetos Saipem, também na mesma região.
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