Índias têm proteção genética contra câncer de mama
A pesquisa foi realizada nas aldeias da Reserva de Sangradouro, a 320 quilômetros de Cuiabá, e envolveu 180 índias xavantes. Com autorização do Ministério da Saúde e da Funai, foram coletadas amostras de sangue para a análise do DNA em laboratório. Além disso, os pesquisadores também estudaram hábitos alimentares, costumes e comportamento das índias.
A alteração nas células das índias, segundo os pesquisadores, pode ser atribuída principalmente aos hábitos alimentares, baseados na caça, pesca e frutas ricas em vitaminas e antioxidantes, substâncias que combatem o envelhecimento. "Existem entre as índias, mulheres com 20, 30 anos com níveis hormonais de mulheres na menopausa. Isto é um nível muito baixo e mesmo assim elas têm uma atividade biológica reprodutiva normal", afirmou Guilherme Bezerra, médico oncologista coordenador da pesquisa.
Os primeiros resultados do estudo foram publicados em outubro do ano passado em revistas internacionais. Para Bezerra, essa pesquisa pode ajudar na criação de programas de prevenção contra o câncer de mama mais eficazes e de baixo custo, baseados na mudança de hábitos alimentares.
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