Caso João Hélio: inquérito deve ser entregue hoje
O delegado responsável pelas investigações, Hércules Nascimento, assegurou que fará a entrega mesmo se o laudo das impressões digitais, tiradas dentro do carro roubado, não ficar pronto.
De acordo com o diretor do Instituto de Identificação Félix Pacheco (IFP), Juarez Carrasco, o setor de perícia só conta com uma máquina para realizar a tarefa, o que causou a demora da comparação das impressões digitais, do último acusado preso, com as digitais encontradas no carro. Ele não soube informar quando o laudo será entregue.
“Já está provada a participação deles(suspeitos)”, declarou o delegado. Ele recebeu nesta quinta-feira (22), o laudo de local do crime que traz as conclusões tiradas na reconstituição, feita no último dia 15. O laudo de confronto papiloscópico (digitais) do IFP seria mais uma prova a indicar se três dos acusados estavam dentro do carro roubado.
O crime aconteceu na noite do dia 7 de fevereiro, em Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio. Segundo a polícia, o Corsa prata de Rosa Fernandes, mãe do menino, foi parado por três homens, que mandaram a família sair do veículo. Rosa disse que João Hélio não conseguiu se soltar do cinto de segurança e ficou preso. O menino foi arrastado por 7 km.
Dezoito horas depois do crime, e diante da forte repercussão que o caso teve na opinião pública, a Polícia Militar começou as prisões dos supostos envolvidos. De acordo com as investigações, Diego Nascimento da Silva, de 18 anos, Carlos Eduardo Toledo Lima, de 23 anos, e o menor E., de 16 anos, estavam dentro do Corsa prata roubado de Rosa Cristina Fernandes. Já Tiago Abreu da Silva, de 19 anos, e Carlos Roberto da Silva, de 21 anos, levaram a quadrilha até o local do assalto e deram cobertura na fuga.
Os suspeitos serão acusados de latrocínio (roubo seguido de homicídio) e formação de quadrilha. Os quatro maiores de idade também responderão por corrupção de menor. Ao todo, a pena pode chegar a 40 anos. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o menor receberá pena sócio-educativa de no máximo três anos.
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