Ocupação de Israel lembra apartheid, diz membro da ONU
O relatório de 24 páginas cataloga várias acusações contra o Estado judeu, como restrições aos movimentos dos palestinos, demolição de casas e tratamento especial dado a colonos judeus na Cisjordânia. "Pode ser negado com seriedade que o objetivo de tais ações é estabelecer e manter a dominação de um grupo racial - judeus - sobre outro grupo racial - palestinos - e sistematicamente oprimi-los?", questionou.
O embaixador de Israel em Genebra criticou Dugard por dirigir seus ataques apenas contra o Estado judeu. "Qualquer conclusão que ele possa extrair é portanto fundamentalmente injusta e intencionalmente tendenciosa", disse Yitzhak Levanon. O relatório será apresentado no mês que vem na primeira sessão do ano do conselho composto por 47 nações. No relatório, Dugard acusa Israel de "terrorismo" ao fazer caças F-16 sobrevoarem áreas residenciais palestinas de forma a provocar um boom sônico. Na Cisjordânia, "moradores vivem em constante medo do terrorismo dos colonos".
O investigador diz ser "grosseiramente incorreto" afirmar que a remoção por Israel em 2005 de colonos e soldados de Gaza significou o fim da ocupação do território, capturado do Egito na guerra de 1967. "Israel mantém o controle do espaço aéreo, do mar territorial, das fronteiras externas e dos cruzamentos de fronteira", escreveu. "Gaza tornou-se um território selado, aprisionado e ocupado". Crimes de guerra têm sido cometidos pelos dois lados. "Isso se aplica aos palestinos disparando foguetes Qassam contra Israel; e muito mais a membros do Exército israelense que têm cometido tais crimes numa escala muito maior", acrescentou.
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