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Cidades/Geral
Quinta - 22 de Fevereiro de 2007 às 16:39

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Depois dos estragos provocados por 18 horas de chuvas ininterruptas nos dias 15 e 16 de janeiro, agora é a cheia do rio Paraguai que preocupa autoridades e assusta a população em Cáceres. O nível da água do rio vem oscilando, nos últimos cinco dias, entre 10 e 15 centímetros, acima da cota de alerta estabelecido pela Defesa Civil do Estado, que é de 5,40 metros.

O monitoramento do rio é feito pela Agência Fluvial de Cáceres que repassa os dados diariamente ao Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Municipal.

Mesmo com 10 centímetros acima da cota de alerta, a altura da água do rio, medida na tarde de ontem, em frente à sede da Agência Fluvial, foi a menor verificada em uma semana: 5,50 metros, 9 centímetros a menos do que na quarta-feira de cinzas e 21 centímetros a menos que no domingo de carnaval quando o volume de água atingiu 5,71 centímetros, inundando dezenas de barracos instalados na margem do rio, a chamada população ribeirinha.

Apesar da enchente, a Marinha e o Corpo de Bombeiros afirmam que não receberam nenhum pedido de ajuda porque os moradores localizados nas áreas inundadas insistem em permanecer nos barracos. Um exemplo é a comerciante Isadora dos Santos, moradora da praia do "Julião". "Até os pacotes de arroz rodaram com a água. Mas não podemos sair, porque não temos para onde ir.

Além disso, se deixar as coisas, certamente vão roubar", justificou. Informação obtida na Marinha na manhã de ontem era de que, diante da recusa dos moradores, em abandonar os barracos, uma equipe comandada pelo capitão Renato Ferreira da Silva está percorrendo o rio orientando os ribeirinhos a se mudarem para áreas mais altas para evitarem surpresas em casos de cheias repentinas.

Assim como nas margens do rio, onde dezenas de casas estão inundadas, a maioria das fazendas localizadas na parte baixa do pantanal está alagada. A preocupação dos fazendeiros agora é salvar o gado. Os fazendeiros estão encontrando dificuldades para encontrar lugares secos para levar o rebanho.

"Já retiramos uma parte do gado. Mas muitos estão isolados em pequenos cocurutos de difícil acesso e correm o risco de morrerem afogados se as águas continuarem a subir", observou um fazendeiro que não quis se identificar.





Fonte: 24HorasNews

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