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Internacional
Quinta - 22 de Fevereiro de 2007 às 10:24

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O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, iniciou negociações para a formação de um novo governo depois da renúncia do primeiro-ministro, Romano Prodi, que assumira o cargo há apenas dez meses.

Prodi renunciou após vários parceiros de sua coalizão de centro-esquerda rejeitarem o envio de soldados ao Afeganistão e os planos de expansão de uma base aérea americana na Itália.

O presidente italiano poderá convocar novas eleições se não se chegar a um acordo para a formação de uma nova coalizão de governo. Enquanto isto, Prodi deve permanecer no cargo de primeiro-ministro interino.

O correspondente da BBC em Milão Mark Duff afirmou que todos apostam em Prodi como um premiê mais enfraquecido que deverá receber uma oferta de um novo mandato para governar.

Se isto ocorrer, ele pode retornar como o líder de uma nova coalizão de centro-esquerda, possivelmente incluindo os Democratas Cristãos, hoje na oposição.

Mas, segundo o correspondente da BBC, se isto não ocorrer, o presidente poderá se sentir obrigado a construir um governo temporário com tecnocratas para manter o governo - e pressionar por medidas urgentes como a reforma na previdência e a elaboração do orçamento do próximo ano.

De volta a Roma

Napolitano interrompeu uma viagem a Bolonha e voltou a Roma na quarta-feira para uma reunião com Prodi, na qual o premiê ofereceu a renúncia.

O presidente agora iniciou a consulta a líderes partidários para a formação de um novo governo.

Ele deve se reunir primeiro com o líder do senado, Franco Marini, antes de conversar com o líder da Câmara Baixa, Fausto Bertinotti, e os chefes de grupos parlamentares.

Se não se chegar a um acordo, Napolitano poderá convocar eleições antecipadas. As próximas eleições italianas estavam previstas para acontecer apenas em 2011.

O líder da coalizão na Câmara Baixa do Parlamento, Dario Franceschini, disse que os principais grupos da aliança de governo formada por nove partidos vão continuar a apoiar Prodi.

A moção rejeitada pelo Senado e que levou à renúncia de Prodi apresentava as diretrizes da política externa italiana e foi defendida em plenário pelo chanceler, Massimo D’Alema, antes da votação.

No entanto, partidos da base de sustentação do governo se opõem a aspectos da política externa do país, como a presença dos cerca de dois mil soldados italianos no Afeganistão, e ajudaram a derrubar a moção.

A ampliação de uma base aérea utilizada pelos Estados Unidos na cidade de Vicenza, no norte do país, também é motivo de discórdia entre os governistas.





Fonte: BBC Brasil

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