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Internacional
Quarta - 21 de Fevereiro de 2007 às 20:25

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A promotoria guatemalteca proibiu hoje a repatriação dos cadáveres de dois dos três deputados salvadorenhos e do motorista do grupo, que foram executados e tiveram seus corpos incinerados em uma área próxima à Cidade da Guatemala, até que não saiam os resultados de exames de DNA solicitados pela Justiça. No momento, apenas o corpo de Eduardo D'Abuisson será repatriado a San Salvador. Este deputado assassinado era filho do falecido major Roberto D'Abuisson, fundador do partido oficialista Aliança Republicana Nacionalista (ARENA) e que, segundo a Comissão da Verdade das Nações Unidas, foi um dos líderes dos temíveis esquadrões da morte durante a guerra civil em El Salvador.

Seu cadáver pôde ser identificado porque, ao contrário dos outros três, que estavam completamente incinerados, o torso e a cabeça não foram destruídos pelo fogo. O Ministério Público da Guatemala solicitou ao chefe do necrotério da Cidade da Guatemala, Mario Guerra, "que espere para conferir os restos mortais com as provas de DNA", segundo o promotor-geral Juan Luis Florido. Ontem à tarde, investigadores encontraram mais restos humanos na cena do crime e agora eles serão analisados por um especialista forense para determinar a qual cadáver pertenciam.

Os restos mortais do deputado salvadorenho José Ramón González, assim como do motorista Gerardo Ramírez, permanecerão ainda na Guatemala por cerca de cinco dias até que os exames de DNA sejam concluídos. Além disso, as autoridades esperam a conclusão das análises de DNA que permitam determinar se os restos encontrados ontem correspondem aos do deputado William Pichinte antes de entregar o seu corpo à família.

Os deputados foram encontrados completamente carbonizados em uma estrada rural do município de Villa Canales, a cerca de 30 quilômetros a sudeste da capital. A polícia acredita que os deputados haviam chegado à Cidade da Guatemala e que depois foram seqüestrados e levados ao ponto onde foram executados na segunda-feira à noite.

O presidente salvadorenho, Tony Saca, reafirmou hoje que os assassinatos foram "premeditados", versão compartilhada na véspera por seu colega guatemalteco, Oscar Berger, que não descartou a hipótese de que tenha se tratado de um crime político. O crime ocorreu um dia antes do aniversário de 15 anos da morte do líder direitista Roberto D'Abuisson, que seria comemorado ontem.





Fonte: AE/AP

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