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Cidades/Geral
Quarta - 21 de Fevereiro de 2007 às 17:44

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Um monomotor que decolou de Tangará da Serra rumo a Sinop (MT) está desaparecido há quase 40 dias. A aeronave, um Embraer modelo 710, prefixo PT-NTR, é de propriedade do empresário Josemar Petroski. O desaparecimento ocorreu no dia 14 de janeiro e está sendo investigado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O dono da aeronave afirmou que o piloto Cleverson de Souza estava sozinho no avião, mas testemunhas afirmaram que havia pelo menos mais uma pessoa com Cleverson. A Aeronáutica chegou a fazer buscas pelo monomotor, mas elas foram suspensas após três dias. O caso também está sendo apurado pela Polícia Civil de Sinop.

A delegada regional de Sinop, Fátima Moggi afirmou que existem informações de que o avião decolou de Tangará da Serra para levar passageiros. "Solicitamos às autoridades judiciais o pedido para ouvir pessoas que tiveram contato com o piloto Cleverson, além da quebra de sigilo telefônico", relatou.

Em menos de dois meses, três acidentes com mortes envolvendo aviões foram registrados no Estado de Mato Grosso. De acordo com estatística da Anac, em todo o ano passado, houve apenas oito acidentes na gerência regional de Brasília - que compreende os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. A Anac informou que ainda não possui o resultado das investigações sobre os acidentes.

A partir desta quarta-feira, uma equipe da Anac chegou a Cuiabá e, juntamente com a Policia Civil, investigará as causas do acidente do avião monomotor que caiu ontem em Santo Antônio do Leverger (distante 30 km de Cuiabá).

O monomotor caiu na cabeceira da pista de pouso e decolagem. Moradores da região viram a aeronave no ar e a explosão que ocorreu após a queda. Duas pessoas que estavam no avião morreram carbonizadas: Carlos Xavier, coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), e Juliano Cutarelli, ex-piloto de uma companhia aérea.

A Polícia Civil considera a possibilidade de falha humana ou mecânica no acidente. O corpo do coronel da Força Aérea foi liberado hoje pelo Instituto Médico Legal (IML) e será encaminhado para Curitiba (PR) para ser enterrado.

Investigações

A Anac tem um período de 10 dias para elaborar um relatório preliminar sobre qualquer acidente. Após essa fase, tem um prazo de 60 dias para apresentar um relatório final nos casos que não houve danos no avião ou vitimas. No caso de acidentes que apresentam danos matérias e vitimas, o prazo é de 90 dias. Nas investigações, são analisados os fatores operacionais, humanos e materiais.

Um dos prováveis motivos dos acidentes no Estado, é o fato de se tratar de uma área extensa, em que muitos produtores rurais utilizam aviões monomotores e bimotores para se deslocar. Segundo a Anac, muitos proprietários de aeronaves descuidam da manutenção do avião, por isso, a agência está realizando fiscalização mais rigorosa para as pessoas seguirem os procedimentos previstos.

Veja os acidentes ocorridos em MT: Dia 14 de janeiro - o monomotor Embraer modelo 710 prefixo PT-NTR decolou de Tangará da Serra rumo a Sinop e continua desaparecido.

Dia 30 de janeiro - um avião monomotor, prefixo PT-UKV, caiu em uma fazenda no município de Ipiranga do Norte, a 30 km do centro da cidade. O técnico agrícola Claudinei Piva, 22 anos, que estava na aeronave, morreu na hora. O piloto Ednílson Vitor Gomes ficou ferido.

Dia 07 de fevereiro - um avião bimotor, modelo Sêneca, prefixo PT-RVI, caiu em uma fazenda na região de Manso, no município de Chapada dos Guimarães. De acordo com informações de trabalhadores da fazenda João Crisóstomo, onde aconteceu o acidente, a aeronave teria explodido no ar e caído de bico. A fazenda fica a 18 km do trevo de acesso à usina do Manso.





Fonte: Terra

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