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Unidades de saúde credenciadas não possuem estrutura para fazer os procedimentos e fila aumenta a cada dia
Duas mil pessoas aguardam por cirurgia
Enquanto o Ministério da Saúde (MS) reduz de 18 para 16 anos a idade mínima para realização da cirurgia bariátrica, em Cuiabá o procedimento não vem sendo feito desde dezembro do ano passado pelo Hospital Geral Universitário (HGU), referência no atendimento aos obesos. A informação é da Associação Mato-grossense dos Obesos (AMO), que já entrou com duas representações no Ministério Público do Estado (MPE) para que apure porque os pacientes não têm acesso à cirurgia. No Estado, a fila de espera atinge aproximadamente duas mil pessoas.
O MPE informou que abriu inquérito para apurar a situação. Já o HGU informou que atende apenas pacientes bariátricos com até 150 quilos em razão da limitação dos equipamentos instalados no Centro Cirúrgico e Enfermaria. "O HGU não tem material. Hoje, são necessários kits com cinco cargas para um paciente e o Ministério da Saúde fornece apenas dois kits", informou a presidente da Amo, Silvana Aparecida Gadani.
Gadani considera a medida do MS positiva. Porém, reconhece que de nada adianta se as unidades hospitalares credenciadas não possuírem as condições necessárias para a realização do procedimento. "No HGU a mesa cirúrgica comporta até 130 quilos, com IMC 43. Acima, não tem mesa e cadeira de rodas para os super pesos, que são os mais prejudicados", disse. A Amo conta com 250 associados, muitos com até 260 quilos.
Conforme Silvana Gadani, os problemas no HGU veem ocorrendo há uma década. "Há dez anos trabalham com dificuldades. Ano passado, o doutor Gunter (Pimenta), que sempre somou conosco, jogou a toalha por falta de condições para a realização das cirurgias, considerada de grande risco", comentou. "A Associação conseguiu parceiros, dois cirurgiões e dois auxiliares, o doutor Gunter adquiriu kits e material e mesmo assim o hospital (HGU) não mostrou interesse. É uma vergonha, um descaso com a vida", lamentou. Neste período, pacientes já morreram ou adquiriram outras doenças associadas à obesidade como trombose, artrose, artrite, diabetes e acidente vascular cerebral (AVC).
Em nota, a direção do HGU informou que atende apenas pacientes bariátricos com até 150 quilos em razão da limitação dos equipamentos instalados no Centro Cirúrgico e Enfermaria, fato este comunicado às Secretarias de Estadual de Saúde (SES) e Municipal (SMS), à AMO e ao MPE.
Garantiu ainda que a instituição buscou diversas parcerias para implementar o serviço, mas até momento não obteve respostas. "O atendimento aos pacientes segue as regras instituídas pelo Sistema Único de Saúde - SUS e Central de Regulação, utilizando materiais contemplados pela tabela SUS, conforme consta no endereço eletrônico: sigtap.datasus.gov.br", afirmou.
Informou ainda que o HGU não possui vigente nenhum procedimento de gastroplastia contratualizado, visto que à época da assinatura do contrato com a SMS, a habilitação para a realização do serviço encontrava-se vencida e nenhum aditivo foi assinado posteriormente. Ainda assim, o HGU deu continuidade à prestação do serviço, embora limitado estruturalmente, em respeito aos pacientes e por entender que se trata de um problema social.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que busca uma alternativa para garantir o atendimento o mais rápido possível. Uma das possibilidades avaliadas é a formalização de um convênio com o Hospital Metropolitano. Atualmente, há 52 obesos na fila de espera do HGU, conforme a SMS.
Porém, denuncias dão conta que o Metropolitano não tem credenciamento para a realização do procedimento, não respeita a lista ou fila de espera, além de receber bem acima da tabela do SUS. O preço pago pelo SUS é de R$ 360,00, enquanto o repasse feito ao Metropolitano seria de R$ 5 mil.
Administrado por uma organização social de saúde (OSS), o Metropolitano é gerenciado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). A SES informou que o hospital tem credenciamento e que abriu o procedimento no ano passado para garantir o fluxo no atendimento aos obesos, embora o procedimento considerado de alta complexidade seja uma responsabilidade do município. Atualmente, a unidade conta com uma lista de 200 pacientes, dos quais 64 já fizeram o procedimento, além de outros 25 que estão aptos para fazer a cirurgia.
Já o promotor Alexandre Guedes informou que abriu inquérito para averiguar a suspensão e as condições de assistência aos obesos por parte do HGU e do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM). Este último deixou de realizar a cirurgia por falta de equipamentos, o que estaria sendo providenciado. "Do HGU não tivemos resposta até o momento. Nosso objetivo é apurar para saber o que está acontecendo e garantir que os pacientes tenham o atendimento com as condições necessárias e adequadas", destacou.
O MPE informou que abriu inquérito para apurar a situação. Já o HGU informou que atende apenas pacientes bariátricos com até 150 quilos em razão da limitação dos equipamentos instalados no Centro Cirúrgico e Enfermaria. "O HGU não tem material. Hoje, são necessários kits com cinco cargas para um paciente e o Ministério da Saúde fornece apenas dois kits", informou a presidente da Amo, Silvana Aparecida Gadani.
Gadani considera a medida do MS positiva. Porém, reconhece que de nada adianta se as unidades hospitalares credenciadas não possuírem as condições necessárias para a realização do procedimento. "No HGU a mesa cirúrgica comporta até 130 quilos, com IMC 43. Acima, não tem mesa e cadeira de rodas para os super pesos, que são os mais prejudicados", disse. A Amo conta com 250 associados, muitos com até 260 quilos.
Conforme Silvana Gadani, os problemas no HGU veem ocorrendo há uma década. "Há dez anos trabalham com dificuldades. Ano passado, o doutor Gunter (Pimenta), que sempre somou conosco, jogou a toalha por falta de condições para a realização das cirurgias, considerada de grande risco", comentou. "A Associação conseguiu parceiros, dois cirurgiões e dois auxiliares, o doutor Gunter adquiriu kits e material e mesmo assim o hospital (HGU) não mostrou interesse. É uma vergonha, um descaso com a vida", lamentou. Neste período, pacientes já morreram ou adquiriram outras doenças associadas à obesidade como trombose, artrose, artrite, diabetes e acidente vascular cerebral (AVC).
Em nota, a direção do HGU informou que atende apenas pacientes bariátricos com até 150 quilos em razão da limitação dos equipamentos instalados no Centro Cirúrgico e Enfermaria, fato este comunicado às Secretarias de Estadual de Saúde (SES) e Municipal (SMS), à AMO e ao MPE.
Garantiu ainda que a instituição buscou diversas parcerias para implementar o serviço, mas até momento não obteve respostas. "O atendimento aos pacientes segue as regras instituídas pelo Sistema Único de Saúde - SUS e Central de Regulação, utilizando materiais contemplados pela tabela SUS, conforme consta no endereço eletrônico: sigtap.datasus.gov.br", afirmou.
Informou ainda que o HGU não possui vigente nenhum procedimento de gastroplastia contratualizado, visto que à época da assinatura do contrato com a SMS, a habilitação para a realização do serviço encontrava-se vencida e nenhum aditivo foi assinado posteriormente. Ainda assim, o HGU deu continuidade à prestação do serviço, embora limitado estruturalmente, em respeito aos pacientes e por entender que se trata de um problema social.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que busca uma alternativa para garantir o atendimento o mais rápido possível. Uma das possibilidades avaliadas é a formalização de um convênio com o Hospital Metropolitano. Atualmente, há 52 obesos na fila de espera do HGU, conforme a SMS.
Porém, denuncias dão conta que o Metropolitano não tem credenciamento para a realização do procedimento, não respeita a lista ou fila de espera, além de receber bem acima da tabela do SUS. O preço pago pelo SUS é de R$ 360,00, enquanto o repasse feito ao Metropolitano seria de R$ 5 mil.
Administrado por uma organização social de saúde (OSS), o Metropolitano é gerenciado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). A SES informou que o hospital tem credenciamento e que abriu o procedimento no ano passado para garantir o fluxo no atendimento aos obesos, embora o procedimento considerado de alta complexidade seja uma responsabilidade do município. Atualmente, a unidade conta com uma lista de 200 pacientes, dos quais 64 já fizeram o procedimento, além de outros 25 que estão aptos para fazer a cirurgia.
Já o promotor Alexandre Guedes informou que abriu inquérito para averiguar a suspensão e as condições de assistência aos obesos por parte do HGU e do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM). Este último deixou de realizar a cirurgia por falta de equipamentos, o que estaria sendo providenciado. "Do HGU não tivemos resposta até o momento. Nosso objetivo é apurar para saber o que está acontecendo e garantir que os pacientes tenham o atendimento com as condições necessárias e adequadas", destacou.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/24080/visualizar/
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