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Repórter News - reporternews.com.br
Copa 2014
Domingo - 31 de Março de 2013 às 01:43
Por: Cássyo Sonda

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Edson Rodrigues

As obras da Copa do Mundo de 2014 são a grande “sensação” do momento em Mato Grosso, principalmente para as cidades de Cuiabá e Várzea Grande. É a transformação da capital mato-grossense, a famosa “cidade verde”, quase tricentenária, em uma nova e melhor cidade, mais moderna, com o trânsito eficiente, aeroporto adequado ao porte receptivo para turistas e transporte público eficaz e adaptado às condições climáticas da região. Enfim, com toda a estrutura necessária de um megaevento como esse. Essas são as expectativas dos organizadores da disputa (Fifa), dos governantes e claro, da maior parte da população local.

Na teoria tudo isso é uma maravilha, como um monte de crianças felizes correndo no parque Mãe Bonifácia e que aos poucos ganha vida ou sai do papel. Realmente isso está mudando a rotina dos moradores de uma das cidades sedes do Mundial. As pessoas têm que sair mais cedo de casa para enfrentar o trânsito vagaroso das principais avenidas para chegar no horário ao trabalho e estar a atento às rotas alternativas para não se perder no caminho. Não que isso não seja compreensível, mas, é o preço a se pagar. 

Mas qual será o preço a se pagar pelas centenas de árvores e pequenos arbustos que formam o caminho desse progresso? Qual foi mesmo a proposta apresentada pelos dirigentes sobre a questão? Não me lembro de nenhuma que fosse a grande solução, somente da ação de replantar pouquíssimas árvores em outros locais, o que também não resolve nem minimiza o problema, porque a prefeitura, nem mesmo possui na secretaria de meio ambiente um programa de arborização contínuo para cidade. Se um dia ele existiu, já não existe mais.

As pessoas de uma cidade como Cuiabá, que abriga mais de meio milhão de habitantes, precisam de saúde, de educação e de muitas coisas, mas precisam também de qualidade de vida, de um ar que seja respirável, porque as plantas contribuem para a manutenção da vida humana, diferente de toda a poluição causada por nós seres humanos.

Áreas de preservação permanente, os parques botânicos, as matas ciliares dos nossos córregos e rios, entre outros, já não são mais suficientes, por não serem na mesma proporção. Dizermos que moramos na bela “cidade verde” já parece estar cada vez mais distante. As principais vias estão morrendo, perdendo sua vivacidade, o que era atribuída ao verde das árvores nos canteiros das vias. A cidade  ganha cada vez mais seu delineamendo de uma selva de pedras. É o que Cuiabá está acontecendo com o “boom” da construção de condomínios e prédios.






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