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Nacional
Segunda - 19 de Fevereiro de 2007 às 22:21

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Cerca de 150 pessoas, entre parentes e amigos, participaram emocionadas no início da tarde desta segunda-feira do enterro da analista de sistemas da Petrobras Jaqueline dos Santos Alves, 41 anos, que morreu atropelada em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. A cerimônia foi no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói.

Maria, 8 anos, filha mais nova e que presenciou o atropelamento, não quis ir. Os outros dois filhos, Francisco, 14, e Fabiano, 12, foram ao enterro. Jaqueline foi enterrada ao som da música Andança, tocada no violão por um amigo -- era a música preferida dela, desde a adolescência.

A mãe, Francisca dos Santos, 68, colocou sobre o caixão um colar usado pela filha no desfile do Bola Preta, no sábado. A mãe dizia: "Vai, minha guerreira, vai, minha foliã". Ela também atirou na sepultura o lenço que ela enxugou as lágrimas quando soube que a filha tinha morrido.

O marido de Jaqueline, Ricardo Lemos Gonzaga, 44 anos, por ironia, é engenheiro de tráfego da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio). Nesta segunda, a família viajaria para um sítio no interior do Estado. Uma irmã da vítima foi ao posto de gasolina onde ela foi atropelada para tentar saber se havia câmeras lá. Tem câmera, mas as imagens não foram captadas.

Atropelada na calçada Jaqueline morreu na madrugada deste domingo depois de ser atropelada no início da noite de sábado, em frente a um posto de gasolina, localizado na esquina das ruas Conde de Irajá com Visconde Silva, em Botafogo, zona sul. Ela chegou a ser internada no Hospital Miguel Couto, na Gávea, mas moreu em conseqüência de traumatismo craniano.

Por volta das 18h, Jaqueline tinha acabado de sair do bloco carnavalesco "Empolga às 9", em companhia da filha, Maria, e da mãe, Francisca dos Santos, quando foi atingida, segundo informações de testemunhas, por uma Parati preta, cuja placa não foi anotada.

De acordo com Francisca, o atropelador subiu na calçada em alta velocidade e não parou para prestar socorro. O criminoso deu marcha à ré e fugiu, ignorando o desespero de Maria e Francisca, que gritaram por socorro.

"Um cardiologista que passava ali, na hora, prestou os primeiros socorros e disse que minha filha ainda estava com vida, mas eu sabia que ela não resistiria. Os ferimentos foram muito graves", lamentou Francisca. Além do traumatismo craniano, Jaqueline também teve fratura exposta de fêmur.

Francisca disse que ela, Jaqueline e a neta, iam para casa, também em Botafogo, quando aconteceu o acidente. Mesmo transtornado, o marido da vítima ainda teve que passar parte do dia tentando consolar Maria e os outros dois filhos do casal, Francisco, 15, e Fabiano, 12.

"Todos nós estamos muito abalados. Minha filha estava muito feliz, pois nossa família sempre foi muito, muito unida", desabafou a mãe de Jaqueline.

Policiais da 10ª DP (Botafogo), onde o caso foi registrado, esperam que testemunhas denunciem o motorista que atropelou Jaqueline por meio do Disque-Denúncia (2253-1177).

Os organizadores do bloco Empolga às 9 lamentaram a morte da foliã que foi atropelada após deixar a agremiação em uma rua próxima ao local do desfile.





Fonte: Terra

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