Grupo armado faz falsa blitz na zona norte do Rio
Uma das vítimas da falsa blitz, o médico Cássio Marcelino Vieira, de 53 anos, relatou na 29ª Delegacia Policial, em Madureira, que, depois de rendido, ao sair do seu carro, um Astra, um criminoso arrancou seu cordão de ouro, ferindo-o no pescoço. O outro motorista roubado chama-se Aristides Ferrari, de 52 anos. Ele, que é auxiliar administrativo, dirigia um veículo da marca Fox no momento em que foi abordado.
Responsável pelo patrulhamento desta região, o comandante do 9.º Batalhão da PM (Rocha Miranda), tenente-coronel Robson Batalha, disse que não tomou conhecimento da falsa blitz, realizada por volta das 21 horas. Um inspetor da 29.ª Delegacia Policial (Madureira), onde o caso foi registrado, no entanto, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que a ação "realmente aconteceu."
"Ontem à noite (domingo), rodei tudo e não vi nada. O efetivo foi reforçado para o carnaval. Trabalhei até as 3 horas da manhã, confesso que estive na área e revistamos muitos bate-bolas (foliões mascarados)", disse o coronel Batalha. "Passei na delegacia, e ninguém me contou nada."
Reportagem do Estado mostrou no domingo a falta de policiamento na mesma área. Exatamente uma semana após a morte do garoto, a equipe percorreu, na noite de quarta-feira, os sete quilômetros pelos quais o corpo de João Hélio foi arrastado, de Oswaldo Cruz a Cascadura, passando por Madureira e Campinho. Nenhum carro de polícia foi visto circulando por esses quatro bairros, de 21 às 23 horas.
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