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Segunda - 19 de Fevereiro de 2007 às 13:05

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Em quatro anos, Emerson Leão teve a chance, estatisticamente improvável, de treinar os quatro grandes clubes do Estado no Campeonato Paulista. E a comparação entre as campanhas dos quatro é cruel até agora para o Corinthians, o atual empregador do técnico.

Os números do clube ficam longe dos registrados por Santos-04, São Paulo-05 e Palmeiras-06, formações que apostaram em Leão no comando. Se o Corinthians não reagir, o oitavo lugar será uma tragédia para o treinador depois do título em 2005 com o São Paulo e o terceiro posto com o Santos em 2004 e o Palmeiras em 2006.

O aproveitamento de 55% obtido por Leão no atual Paulista faz feio quando comparado com o que conseguiu nos outros grandes, principalmente ao focar a performance nos nove jogos iniciais --o número de partidas realizadas pelo Corinthians até agora.

Com Santos e Palmeiras, o treinador conquistou cinco pontos a mais do que tem agora. Com o São Paulo, foram dez.

Perder virou algo normal no Corinthians de Leão. Foram quatro derrotas até agora. Na sua campanha pelo clube do Morumbi no Estadual, ele perdeu só duas vezes em 19 jogos. Na Vila Belmiro, também foram dois fracassos, mas em 13 partidas. No ano passado, pelo Palmeiras, ele perdeu cinco vezes, mas precisou para isso entrar em campo 19 vezes.

O desempenho defensivo é o que derruba Leão no Corinthians. No Paulista-07, seu time foi vazado 15 vezes em nove rodadas. A média de 1,67 é a maior dos grandes comandados pelo treinador desde 2004 na competição. No São Paulo, que ele mesmo apelidou de cascudo, essa média foi de 1,11 gol sofrido por partida.

A indisciplina é outra marca de Leão no Corinthians. O time já teve seis jogadores expulsos, mais do que os outros grandes comandados por ele tiveram em toda a competição. Anteontem, na derrota para o Paulista por 3 a 2, esses dois fatores conspiraram contra os corintianos. A defesa falhou, e Roger recebeu o cartão vermelho. Leão novamente exagerou nas reclamações contra a arbitragem e também foi expulso.

O técnico reconhece que seu time precisa melhorar, mas dessa vez não mostra o mesmo desejo de mudar a equipe, como fez após a derrota no clássico contra o São Paulo.

"Temos que observar nossos erros e procurar, em casa, corrigir esses erros. Vamos fazer isso sem estardalhaço, sem caça às bruxas, mas alguma coisa tem que melhorar", disse o treinador depois do revés em Jundiaí, que fez o time ficar quatro pontos distante da zona de classificação às semifinais do Paulista, campeonato por qual seu clube volta a jogar no próximo sábado, diante do Rio Branco, no estádio do Pacaembu.





Fonte: Folha de S. Paulo

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