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Repórter News - reporternews.com.br
Esportes
Segunda - 19 de Fevereiro de 2007 às 12:58

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As negociações de jogadores envolvendo clubes brasileiros desrespeitam pelo menos 13 regras da Fifa. Não houve punição em nenhum caso. É o que mostra levantamento feito pela Folha consideradas duas legislações da entidade.

A Fifa é a responsável pela fiscalização de negociações internacionais, enquanto a CBF deve regular as nacionais. A Federação Nacional de Atletas (Fenapaf) aponta descaso da confederação brasileira.

O descumprimento sistemático às normas da Fifa ficou latente com a regularização de atletas que atuaram em mais de três clubes em uma temporada, como Romário e Mascherano. A entidade legalizou as inscrições pelo Vasco e pelo Liverpool, respectivamente.

Mas jogar por três clubes em menos de um ano é proibido pelo regulamento para o status e a transferência de atletas da Fifa, que vale para transações internacionais. Além disso, as negociações são regidas pelas determinações para agentes de jogadores. Em relação à primeira norma, a Folha identificou sete pontos desrespeitados. Outros seis itens da segunda legislação foram ignorados.

"Quando a Fifa coloca normas assim, já é para ser desrespeitada. É uma lei só para inibição", analisa Celso Rodrigues, advogado do Clube dos 13

Isso é percebido no assédio de clubes a atletas rivais, que fere dois artigos do regulamento de transferência. É proibido aos times negociar diretamente com um atleta do rival, a não ser que seu contrato expire em seis meses, ou induzir o atleta a romper seu vínculo.

O empresário também não pode fazer contato com o jogador antes de informar o clube. A atuação dos agentes tinha um tribunal instituído pela CBF --que nunca puniu ninguém. Aliás, a entidade revela desconhecimento das normas da Fifa, como mostrou no caso de Jônatas.

O volante se transferiu do Flamengo para o Espanyol, que pagou multa rescisória. O clube consultou a CBF para saber se haveria como segurá-lo. A confederação deu parecer informando que nada poderia ser feito para retê-lo.

Mas a Fifa estabelece que um contrato não pode ser rompido sem a concordância de uma das partes, no meio de uma competição --o Brasileiro estava em curso. "O que eu poderia fazer? Havia um parecer da CBF", conta o vice de futebol do Flamengo, Kléber Leite.





Fonte: Folha de S. Paulo

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