Maggi responsabiliza governo por problemas na logística
O senador Blairo Maggi alertou o governo federal para os diversos problemas que a população mato-grossense vem enfrentando com a falta de infraestrutura da malha viária do estado. Na opinião do congressista, o que mais preocupa é a situação das rodovias federais, que não suportam mais o pesado tráfego de veículos, principalmente na época do escoamento da safra de grãos. A problemática logística na região já reflete em resultados negativos na economia do País.
“Não há expectativa de crescimento para o próximo ano, a situação só piora ano após ano, e ficou pior desde a última semana, quando o diretor do Dnit, Jorge Fraxe, apresentou ao Senado os prazos para a conclusão das obras nas rodovias federais”, destaca Maggi.
No entendimento do político, um dos principais entraves ao crescimento da região é a burocracia. “A situação é urgente, estamos plantando as mesmas desgraças para o próximo ano”, acrescenta. Maggi lembrou os bilhões que foram jogados fora em 2012, prática que ocorre há muito tempo e que contribui tão somente para i aumento do problema que produtores têm que encarar todo ano.
Para resolver a questão, o senador recomenda que os governos prejudicados pela inércia de órgãos da União, como o Tribunal de Contas da União (TCU). “Temos uma fábrica de fazer complicação no Senado Federal. Passou da hora de fazer uma reflexão profunda do papel do Congresso, parar de jogar para a plateia, já que muitos estão mais preocupados com a eleição, quando deveriam estar preocupados com a próxima geração”, exclamou.
Reunião
Maggi sugeriu que a Comissão Pró-Logística do governo de Mato Grosso faça um levantamento junto a Comissão de Serviços de Infraestrutura, presidida pelo senador Fernando Collor, das complicações atuais e futuras com a entrada de novas rodovias e ferrovias no Estado.
O presidente da CI, disse considerar o TCU um órgão ‘absolutamente anacrônico que dificulta a vida da administração’. “É um órgão de fiscalização que sempre passa a aparência de que está fazendo algo correto. E não está”, ressaltou Collor.
Acolhendo a sugestão do Blairo, ao final dos prazos apresentados, a CI convidará o diretor geral do Dnit para que exponha o cumprimento das datas, agora apresentadas, previstas à conclusão das obras federais.
Situação Problemática
O senador relatou a situação ocorrida esta semana entre o município de Alto Araguaia e Rondonópolis (região por onde passará a rodovia Ferronorte) em Mato Grosso, quando caminhões de cargas ficaram parados durante horas em um engarrafamento de mais de 100 quilômetros.
“Um caos absoluto. Na segunda-feira, conversei com o prefeito Maia Neto e ele me disse que várias pessoas morreram naquela região. Os caminhoneiros irritados, as companhia, enfim, o pessoal da logística, todos já não sabem o que fazer”, relatou Maggi.
No Brasil, a safra é comercializada antes mesmo de ser colhida. De acordo com o parlamentar, se a situação estivesse normalizada, já era para ter sido vendida mais de 50% da produção plantada em setembro passado. No último ano, essa porcentagem chegou a 70%.
O preço do frete, por exemplo, é outro fator que aufere prejuízos ao setor produtivo. Com o custo entre 40% e 50% mais caro, as companhias e trades contabilizam perdas diárias.
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