Quilombola pede inclusão de Mato Grosso no Bolsa Família
Para a representante da Coordenação Nacional de Quilombos (Conaq), Gonçalina Almeida, o governo precisa acelerar o cadastramento. “Reconhecemos que já houve avanço, mas é preciso avançar ainda mais. E rápido”, defende a quilombola do Mato Grosso.
Segundo ela, no estado várias comunidades quilombolas vivem em situação de insegurança alimentar. Muitas delas tiveram os terrenos tradicionais ocupados por grandes empresas agrícolas. A localização histórica, em áreas de difícil acesso, também prejudica as possibilidades de emprego para os descendentes de escravo.
Gonçalina reclama do pouco espaço para participação nas ações de cadastramento dos quilombolas no Bolsa Família. De acordo com ela, a Conaq esteve apenas em uma reunião, onde as linhas gerais do cadastramento foram traçadas. “Nós sabemos quais são as comunidades em pior situação e podemos ajudar o governo nesse trabalho.”
De acordo com o ministério, três empresas de consultoria foram contratadas para fazer o cadastramento e diversas parecerias foram estabelecidas com prefeituras para aumentar a possibilidade de participação e controle social.
Inicialmente, o Ministério do Desenvolvimento Social prevê que outras 20 mil famílias quilombolas sejam cadastradas no Bolsa Família. Mas o órgão já admite que essa meta poderá triplicar até o final do ano com as pesquisas em andamento.
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