Japão pede ao Irã que suspenda o enriquecimento de urânio
Uma fonte do Ministério de Relações Exteriores japonês informou à agência Kyodo que a conversa telefônica aconteceu depois que na sexta-feira (16) o governo japonês aprovou a aplicação das sanções ditadas pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o Irã.
Essas sanções afetam os produtos que pudessem contribuir para o desenvolvimento dos programas de mísseis balísticos e nucleares de Teerã.
Segundo a fonte, Aso afirmou ser "lamentável" que o Irã continue "sem dar uma resposta positiva ao assunto nuclear" e pediu ao país que resolva o problema.
Direito
De acordo com Aso, o Japão não hesita em afirmar que o Irã tem direito a usar a energia nuclear para fins pacíficos, mas o problema é que a comunidade internacional não acredita nos iranianos.
O chanceler japonês explicou a Mottaki que Teerã deve fazer esforços para restabelecer essa confiança, já que durante 18 anos impulsionou um programa nuclear clandestino.
Mottaki respondeu a Aso que o Irã deseja resolver o conflito nuclear através de meios pacíficos e diplomáticos, mas que a resolução da ONU não contribui para solucionar o problema.
O chanceler iraniano afirmou, além disso, que existe "a necessidade" de impedir os problemas que podem surgir por causa de "terceiros", em referência aos EUA, que adotou uma dura posição em relação ao Irã.
O CS da ONU impôs sanções comerciais ao Irã em 23 de dezembro do ano passado, por causa de sua negativa de suspender seu programa de enriquecimento de urânio.
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