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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 19 de Fevereiro de 2007 às 07:05
Por: Nilson de Andrade

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Com o período de chuva aumentam os riscos de incidência de dengue e também aumenta consideravelmente a quantidade de mosquitos comuns.

Estes dois fatos têm preocupado bastante a população de Tangará da Serra. O primeiro pelo evidente risco à saúde e o segundo pelo incomodo contínuo, principalmente no período da tarde e durante a noite.

De acordo com agentes de saúde, não é apenas o excesso de chuva que têm ocasionado o aumento dos mosquitos, mas principalmente a falta de cuidados básicos com a limpeza de terrenos baldios, o acúmulo de água limpa parada e o uso de tampa ou telas nos respiradouros de fossas.

A água limpa parada é o ambiente propício para a procriação do mosquito da dengue, e o acúmulo de umidade, água suja e fossas, são os lugares preferidos pelos mosquitos comuns.

Nossa reportagem acompanhou uma equipe do Setor de Endemias da municipalidade na aplicação de veneno contra os mosquitos na área central, próxima ao bosque municipal, e um dos moradores informou que após a aplicação feita no dia anterior, “houve uma trégua dos mosquitos”. No entanto, o agente explicou que aquele tipo de aplicação só serviria para matar os insetos naquele momento, não tendo efeito duradouro. “O melhor é cada morador manter limpo o seu terreno, eliminando os possíveis locais de criação dos mosquitos”, alertou o agente de saúde.

No combate ao mosquito da dengue, é feita uma aplicação do temefós (para matar as larvas do aedes aegypt) a cada sessenta dias.

BOSQUE MUNICIPAL - Os moradores próximos ao bosque municipal de Tangará da Serra têm demonstrado preocupação com o local ser um criatório do aedes aegypt, o mosquito transmissor da dengue, e alguns reclamaram que nunca viram uma equipe aplicando o veneno na área.

A bióloga Maria do Carmo de Lima, coordenadora do Setor de Endemias, esclareceu que, por ser uma área de preservação ambiental, é proibida a aplicação de qualquer tipo de veneno naquele local, mas tranqüiliza a todos, afirmando que raríssimas vezes foram encontrados focos do mosquito no bosque municipal. Segundo ela, o ambiente na área não é o mais propício para a procriação da larva do aedes, e constantemente os agentes de saúde orientam os responsáveis pela manutenção da limpeza, a recolher copos, garrafas e outros recipientes jogados pelos visitantes, evitando assim a possibilidade de se acumular água para que o mosquito deposite suas larvas.

Este fato também foi constado pela reportagem do DS, que visitou o local e verificou estar tudo praticamente limpo, sendo encontrados alguns poucos copos que foram recolhidos logo em seguida.

A coordenadora alertou que a grande preocupação é a área que fica atrás do bosque, onde existem várias nascentes, criando poças d’água, além de terrenos baldios onde são jogados lixos. “Neste local são encontrados, sempre que os agentes vistoriam a área, diversos focos do mosquito da dengue. Ali, sim, está o perigo. O bosque não oferece nenhum risco para a população, no que se refere à proliferação da dengue”, define Maria do Carmo.

Ela disse ainda, que este ano diminuíram bastante os casos de dengue em nosso município, em comparação com o ano passado, quando houve de fato uma epidemia, segundo informou, e mais vez alerta para a população continuar colaborando no combate à dengue. “É preciso que todos os moradores tenham a preocupação constante de verificar se não existe nenhum vasilhame (copos, garrafas, vasos), caixas d’água destampada e outros onde possa ficar acumulada a água limpa. Desta forma estaremos derrotando o mosquito da dengue e evitando que nossos filhos corram o risco de contrair a doença”, conclui.




Fonte: Diário de Cuiabá

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