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Segunda - 19 de Fevereiro de 2007 às 07:04
Por: Nilson de Andrade

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Cansados de sofrerem todos os anos com as enchentes, sempre que uma chuva mais forte caía sobre a cidade, moradores da rua Avelina Jaci Bohn, que ladeia o bosque municipal de Tangará da Serrra, decidiram tomar para sí a responsabilidade de verificar os motivos e buscar as soluções para evitar o problema comum em todo período chuvoso.

Derlei Aparecido Isidoro, proprietário de uma oficina mecânica, era um dos que mais sofria com as cheias do córrego que corta o bosque e segue por tubulações por baixo da rua. “A pé ninguém atravessava este trecho e, de carro, o motorista corria o risco de ter o veículo danificado”, explica.

Os moradores descobriram que, o que provoca as enchentes é uma canalização do Samae que atravessa bem no meio da tubulação de escoamento do córrego do bosque, impedindo a passagem de galhos e conseqüentemente de folhas e outros detritos. Desta forma, a água era desviada para outra tubulação que não dava vazão, provocando as enchentes e estourando bueiros com a pressão.

A partir do final do ano passado, antes do início do período de chuvas, Derlei solicitou da Secretaria Municipal de Infra-estrutura (Sinfra) a limpeza do bueiro, realizada em novembro, e desta forma as enchentes não aconteceram. Na semana passada, uma nova limpeza foi solicitada, pois verificou-se que o bueiro estava novamente entupido. A equipe da Sinfra esteve no local fazendo a limpeza.

O encarregado de serviços da Sinfra, José Eustáquio de Andrade, acompanhou o serviço, mas reconhece que o problema só será resolvido em definitivo, com o desvio da canalização do Samae.

Uma sugestão apresentada por Derlei Isidoro, é a colocação de grades próximo à entrada dos bueiros para evitar a entrada de entulhos que provocam o entupimento. “Esta seria uma medida paliativa, sendo necessária a constante remoção destes entulhos”, defende. De acordo com ele, será mais fácil recolher o entulho presos à grade, do que retirá-los de dentro da tubulação. “Não vai resolver, é apenas uma forma de minimizar o problema. O certo é modificar o traçado dos canos do Samae, deixando a tubulação livre para o escoamento para o córrego do bosque”, defende ele.




Fonte: Diário da Serra

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