Rio: guerra de traficantes e milícia mata mais 6

Duas áreas disputadas entre traficantes e integrantes de milícias registraram confrontos entre o fim da noite de sábado e a madrugada de ontem no Rio de Janeiro. Na Ilha do Governador, três homens morreram na favela do Boogie-Woogie, por volta das 23h do último sábado. No bairro Gardênia Azul, em Jacarepaguá, os corpos de dois homens foram encontrados no porta-malas de um carro ontem de manhã.

De acordo com o 17º BPM (Ilha), os mortos no Boogie-Woogie faziam parte de um grupo de 15 homens que trocaram tiros com policiais do batalhão. Os PMs foram avisados de que um grupo armado com fuzis, pistolas e revólveres, estava no beco São José.

No tiroteio, os três foram baleados e morreram a caminho do Hospital Paulino Werneck, na Ilha. Com os bandidos, que não foram identificados, a polícia apreendeu dois revólveres calibre 38 e espingarda calibre 12 - todos com numeração raspada -, além de munição. A PM negou a participação de milicianos no conflito e afirmou que as vítimas eram bandidos da favela.

No início da manhã, policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) encontraram dois corpos no porta-malas de um Bora na rua Bocayuva Cunha. Os mortos tinham entre 25 e 30 anos. De acordo com a 41ª DP (Tanque), o veículo foi roubado na rua Potiguara, por três homens armados.

As lanternas do carro estavam ligadas, o que pode indicar que foi levado para a rua Bocayuva Cunha ainda durante a madrugada. O dono do Bora foi chamado para o local, mas não identificou os mortos.

Como Gardênia Azul é área dominada por milícias, chegou a ser levantada a hipótese de participação de pára-miliares no crime. Mas a polícia negou e acredita que os mortos tenham relação com o tráfico de drogas.