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Internacional
Domingo - 18 de Fevereiro de 2007 às 23:44

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A epidemia de gripe aviária se propaga pela região de Moscou, onde vivem cinco milhões de pessoas, com a detecção do quinto foco nas últimas 48 horas, confirmaram hoje as autoridades russas.

O último caso foi registrado na localidade de Naro-Fominsk, a cerca de 75 quilômetros da capital, afirmou o Governador da região, Alexei Panteleev, citado pela agência oficial "Itar-Tass".

Assim como nos casos anteriores, as aves mortas pertenciam a um produtor que tinha uma granja de frangos e perus em frente de sua casa.

As autoridades do setor de Saúde confirmaram que nos primeiros quatro focos as aves foram compradas no único mercado da capital russa, que foi fechado para evitar a propagação da doença.

Além disso, sabe-se com certeza que os dois primeiros casos da doença são do tipo H5N1, o único que pode ser letal para os humanos.

Todas as aves destas criações foram sacrificadas e as pessoas que tiveram contato com os animais passaram por exames médicos.

O chefe de Saúde de Moscou, Valeri Sitnikov, não descartou a possibilidade de os focos da doença terem sido "provocados" e de se tratarem de um ato de "terrorismo biológico".

Os serviços veterinários da Rússia vão usar um dispositivo para conhecer o destino de todas as aves vendidas nas últimas semanas no mercado de aves de Moscou.

O Ministério da Agricultura disponibilizou um serviço telefônico e pediu a todos os que tiverem comprado aves vivas no mercado de Moscou depois do dia primeiro que entrem em contato através dele.

As autoridades locais esperam novos focos da doença na região, embora acreditem que serão menores e fáceis de eliminar, e descartam sua propagação para criações avícolas da capital.

Apesar da redução na compra de ovos e frangos nos últimos dois dias por causa das notícias sobre a epidemia, o chefe de Saúde russo, Gennady Onischenko, nega que haja razão para o "pânico" e descarta a possibilidade de contágio às pessoas.

A partir da próxima segunda, os veterinários percorrerão todas as criações particulares da região de Moscou para vacinar as aves, mesmo que não apresentem sintomas da doença.

No início do ano, o vice-primeiro-ministro Dmitri Medvedev alertou para o mau funcionamento do sistema de prevenção da gripe aviária.

Esta é a primeira vez em que são detectados focos de gripe aviária nas proximidades da capital russa desde o surgimento da doença no país, em 2005.

O foco anterior da doença em território russo aconteceu em meados de janeiro, na região de Krasnodar, no sul do país, perto do Mar Negro.

As restingas e lagos que cercam os mares Negro e Cáspio são parada obrigatória para as aves migratórias, que, no auge do inverno, abandonam a Rússia e a Sibéria com destino ao sul da Europa.

O primeiro caso de gripe aviária na Rússia foi detectado em julho de 2005 na Sibéria. A doença chegou à parte européia três meses depois.

Segundo as autoridades sanitárias, a gripe aviária chegou ao território russo através do Cazaquistão, através do noroeste da China.





Fonte: EFE

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