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Economia
Domingo - 18 de Fevereiro de 2007 às 19:04

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Após três anos de crescimento acelerado, a atividade econômica mundial deve passar a se expandir de forma mais lenta a partir de 2007. Os países desenvolvidos serão os mais atingidos pelo refreamento da atividade econômica, o que pode trazer implicações para todos os demais. A conclusão é do relatório World Economic Situations and Prospects 2007, cuja tradução em português é Situação Econômica Mundial e as Projeções para 2007.

Segundo o estudo recém-publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, o produto bruto mundial (PBM) deverá crescer a taxas de 3,2% ao ano. Em 2006, as estimativas indicavam um crescimento de 3,8%. Países de primeiro mundo devem registrar um aumento médio de 2% em relação ao ano passado. Para o Brasil, as previsões atuais das Nações Unidas são de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,3% em 2006 e 3,5% em 2007.

"Considerando a média de crescimento do PIB real no período 2003-2007, se as previsões das Nações Unidas se confirmarem, a economia brasileira crescerá apenas 2,8% ao ano, enquanto a média mundial será de 3,4% ao ano", registra uma análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), com base nos resultados da pesquisa da ONU.

A principal razão para a desaceleração global, segundo a ONU, será a queda da taxa de crescimento da economia dos Estados Unidos. Diante das previsões de retração do mercado imobiliário, o estudo aposta que os Estados Unidos (EUA) cresçam apenas 2,2% este ano. E alerta: “devido a uma maior desaceleração da economia norte-americana, ainda há riscos substanciais de que estes prognósticos sejam revistos para menos”.

O desaquecimento do mercado imobiliário norte-americano e a conseqüente redução do consumo familiar nos EUA e das importações afetam o comércio e a atividade de outros países, gerando um efeito em cascata. Neste cenário, a ONU garante que nenhum outro país desenvolvido terá capacidade de assumir a liderança até então exercida pelos EUA. Segundo o estudo, a Comunidade Européia deve crescer não mais que cerca de 2% e o desempenho do Japão deve ficar abaixo desse índice.

Embora preveja taxas de expansão menores que as de 2006, o relatório afirma que os países em desenvolvimento e os de economia em transição crescerão mais que os desenvolvidos, dando continuidade à “expressiva trajetória de crescimento”. Em 2007, economias em desenvolvimento devem crescer, em média, 5,9% (contra 6,5% do ano anterior). Já as de países em transição crescerão 6,5% (ao contrário dos 7,2% de 2006).

O relatório destaca o desempenho de China e Índia entre os países em desenvolvimento. Através do que classifica como um “crescimento alto e sustentável”, o estudo atribui a estas nações a capacidade de beneficiar aquelas com quem mantêm relações comerciais, principalmente às da Comunidade dos Estados Independentes (organização criada em 1991 e da qual fazem parte 12 das 15 repúblicas que formavam a antiga União Soviética).

Em relação aos países pobres, os pesquisadores dizem esperar que o crescimento econômico se mantenha igual a 2006. No entanto, advertem que apesar das melhorias das condicionantes econômicas internas e do fortalecimento dos laços regionais, países pobres e muitos dos em desenvolvimento seguem vulneráveis a qualquer desaceleração das economias desenvolvidas e à volatilidade dos mercados financeiros e dos produtos básicos em nível internacional.





Fonte: Agência Brasil

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