MP designa grupo para investigar Máfia das Sanguessugas
"Será um aprofundamento das investigações já feitas. Saber como o esquema funcionou na base precisa de uma atenção maior nossa. Essa comissão vai trabalhar na ramificação mineira da máfia", disse hoje o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais. Soares Júnior observou que, embora tenha atuado nacionalmente, a Planam - empresa sediada em Mato Grosso e acusada de liderar o esquema fraudulento - tinha "seus braços" nos Estados. Em Minas, foram identificadas companhias que atuavam em conjunto com a Planam. Conforme um levantamento da CGU, feito a partir da prestação de contas apresentadas pelas prefeituras ao Ministério da Saúde, 61 administrações municipais mineiros fecharam contratos com firmas, supostamente, envolvidas no plano. O Estado está atrás apenas do Mato Grosso, com 97 executivos municipais.
O procurador Evandro Senra Delgado, da Promotoria Especializada em Crimes de Agentes Políticos Municipais, foi nomeado o coordenador da comissão, que terá ainda representantes das Promotorias de Defesa do Patrimônio Público e de Combate ao Crime Organizado. As investigações também serão feitas com o auxílio dos promotores do interior do Estado e articuladas com as apurações da Procuradoria da República em Brasília. Fazem parte da relação de investigados pela PF cinco ex-deputados mineiros: Isaías Silvestre (PSB), Cabo Júlio (PMDB), Cleuber Carneiro (PTB) e José Militão (PTB), que não foram reeleitos, além de Osmânio Pereira (PTB), que não disputou a eleição.
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