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Internacional
Sábado - 17 de Fevereiro de 2007 às 01:28

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O embaixador suíço em La Paz, Beat Luelicer, disse que seu país se preocupa "profundamente" com o acordo bilateral de investimentos feito com a Bolívia depois da nacionalização da fundidora Vinto, que foi visitada hoje pelo presidente boliviano, Evo Morales.

Luelicer reconheceu que as autoridades suíças estão "assustadas" porque não sabem se haverá compensação. O Estado boliviano nacionalizou a Vinto, que pertencia desde 2005 à multinacional Glencore. O diplomata se reuniu nesta sexta-feira com o ministro da Mineração, Guillermo Dalence.

Há menos de uma semana, o Governo do presidente Evo Morales anunciou que não indenizará a Glencore pela nacionalização da usina, já que quando ela foi privatizada, em 1999, comprada pela britânica Allied Deals, o Estado sofreu graves perdas.

Segundo o Executivo, a Allied Deals pagou US$ 14,7 milhões, quando o valor real era de US$ 140 milhões e a empresa tinha minerais armazenados avaliados em mais US$ 16 milhões.

No entanto, a multinacional suíça anunciou que recorrerá à arbitragem internacional se Morales não pagar uma indenização pela Vinto.

O presidente Morales visitou nesta sexta-feira as instalações da fundidora, perto da cidade andina de Oruro, para entregar aos trabalhadores uma resolução ministerial que garante seus empregos.

"Todos vamos trabalhar para que a empresa seja realmente rentável para o país", disse Morales, prometendo respeitar a estabilidade dos 450 empregados da Vinto.

Em sua visita às instalações, o líder realizou um ritual para que os deuses andinos garantam o bom funcionamento da usina nesta nova etapa.




Fonte: Agência EFE

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