Cléber Santana deve trocar Santos por Atlético de Madrid
O presidente do Atlético de Madrid, Enrique Cerezo, confirmou não só o interesse por Cléber Santana, considerado uma jóia pela imprensa de Madri, como também o envio de dois representantes do clube para cuidar do assunto com o empresário Juan Figer, que detém os direitos sobre o jogador.
Se a transferência for concluída, Cléber Santana vai embora no fim de seu contrato, em 31 de junho, e o Santos, além de perder um dos seus principais jogadores deste início de temporada, não vai receber nenhum tipo de compensação. O volante que se transformou em artilheiro por pouco não deixou a Vila Belmiro, no começo do ano, após o término do seu empréstimo de um ano.
Na oportunidade, o Santos usou o seu direito de preferência, previsto no contrato de empréstimo, mas deixou de pagar US$ 1,250 milhão, correspondentes a 50% dos direitos federativos do jogador. Mesmo assim, Figer, que detém os direitos sobre Cléber Santana, o convenceu a desistir da idéia de ir para o mesmo Atlético de Madrid ou para o Olympique de Marselha, da França, e ficar mais seis meses na Vila Belmiro, para se valorizar e depois ir para a Europa.
Ao contrário de 2004, quando afastou Diego ao saber de sua negociação com o Porto, alegando que só contaria com jogadores envolvidos com os projetos do clube, Vanderlei Luxemburgo acha normal o que está acontecendo agora com Cléber Santana.
"São especulações do futebol e temos que conviver com isso. Não é possível proibir que um jogador fale com empresários porque eles podem conversar pelo celular", afirmou o técnico, citando como exemplo Zé Roberto, que também só tem contrato até o final de junho e depois deve retornar ao futebol europeu. "Zé Roberto é um profissional de alto nível e até lá vai dar o máximo ao Santos. Essa é a nova realidade do futebol", justificou.
Zé Roberto também não vê problema se Cléber Santana for contratado agora pelo Atlético de Madrid e continuar no Santos até o meio do ano. "É bom para que ele, que tem família, possa se organizar", disse o camisa 10. Ele não confirmou que tenha mudado de opinião e admitido fazer um novo contrato se o Santos ganhar a Libertadores. "Não programei nada para depois de junho. Até lá vou procurar ajudar o time no Campeonato Paulista e na Libertadores e depois decidirei o que fazer."
O meia repetiu, no entanto, que a violência nas grandes cidades brasileiras terá grande peso na hora de decidir o seu futuro. "Fiquei triste com o que aconteceu com a criança no Rio de Janeiro. A guerra urbana nos aterroriza, porque vivemos oito anos na Europa e não víamos nada disso. A Justiça não é feita, e a criminalidade está crescendo", lamentou Zé Roberto.
Comentários