Pesquisa aponta operação Curupira como causadora de crise econômica no Nortão

Pesquisa realizada, no dia 9 deste mês, durante o seminário Nortão: Dificuldades, Desafios e Soluções, revelou a opinião dos participantes no que se refere a economia regional, os motivos que levaram as crises setoriais e as atividades futuras da região. Os dados foram apurados pela empresa KGM Pesquisas, que trabalhou com uma margem de erro de 4% para mais ou para menos.

Das 1.500 pessoas que participaram do evento, 208 foram entrevistadas. Dados apontados pela pesquisa, apontam que a economia que se destaca na cidade do entrevistado está a pecuária, com 33,9%, 28,2% agricultura e 21,8% extração vegetal. Mas a expectativa é que o quadro inverta, pois, eles acreditam que a atividade econômica futura será de pequena agricultura, agronegócios e pecuária.

Observando a expectativa econômica dos entrevistados, a indústria está em quarto lugar com um percentual de 5,6%, na concepção de futuro da economia. “Isto confirma que precisamos investir, mas, para isso, precisamos concluir e fazer a manutenção da BR 163, que é argumento dos empresários para não querer investir”, enfatizou Nilson Leitão, prefeito de Sinop.

Questionados sobre a crise econômica da cidade, 24,2% afirmam que a principal razão foi a operação Curupira, 20,2% alegam o câmbio e a logística e 15% acreditam no governo federal. Segundo o presidente do Sindicato dos Madeireiros, Jaldes Langer, o segmento foi arrasado pela operação. Muitas madeireiras tiveram que fechar as portas e consequentemente, veio o desemprego. Os dados confirmam com 36,3% dos entrevistados alegam que a principal seqüela foi o desemprego, em seguida os crimes e violências, com 21%.

O público participante do evento, conforme pesquisa foi de vereadores, prefeitos, empresários, agricultores, assalariados/ empregados, comerciantes, autônomos, industriários, estudantes, donas de casa e aposentados.“Esta pesquisa comprova que precisamos batalhar em cima dos temas que foram discutidos no seminário. Não basta só as autoridades correrem atrás, temos que unir esforços para reverter este quadro”, afirmou Dal’Bosco, um dos organizadores do evento.