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Tecnologia
Sexta - 16 de Fevereiro de 2007 às 07:25
Por: Lucas van Grinsven

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Fabricantes de chips que são fornecedores da indústria de telefonia celular estão preparados para uma piora nas condições de seus negócios, conforme seus clientes buscam agressivamente por melhores acordos e os investimentos continuam a crescer. Durante a semana passada, novos acordos foram anunciados. A Infineon foi escolhida como principal fornecedora de chips da Nokia, juntando-se à Texas Instruments, STMicroelectronics e Qualcomm . A Texas Instruments começará a vender mais chips de celulares para a Motorola, tornando a vida da Freescale e da própria Qualcomm mais difícil.

"Nos próximos dois anos nós veremos mais agilidade na experimentação de diferentes fornecedores de chips em uma tentativa dos fabricantes de celulares de pressionar os tradicionais produtores de chips e de melhorar sua própria lucratividade", disse Frans van Houten, presidente-executivo da fabricante de chips holandesa NXP [NXP.UL]. A empresa fornece componentes para a Samsung, terceira maior fabricante de celulares do mundo.

Essa busca por melhores acordos de fornecimento de chips, enquanto os fabricantes tentam reverter tendência de queda na margem de lucro, pode ser uma boa notícia para novos produtores de chips, que estão atrás de uma fatia do mercado de processadores para celulares, avaliado em 50 bilhões de dólares. A Broadcom é uma das fabricantes de chips que buscam obter de 10 a 15 por cento desse mercado até 2009.

Está claro para a maior parte dos fabricantes de chips, entretanto, que já existem muitos fornecedores de sistemas completos de microprocessadores para celulares. A STMicro reconhece que somente três têm uma posição sustentável e lucrativa em chips para celulares: Qualcomm, Texas Instruments e Ericsson Mobile Platform, que assinou um acordo de cooperação com a STMicro em dezembro.

Houten, da NXP, acredita que a indústria de telefones celulares pode suportar de três a cinco fornecedores de sistemas completos de chips e quer estar entre as três principais. O presidente-executivo da Broadcom, Scott McGregor, estima que com bons controles de custos uma participação de mercado entre 10 e 15 por cento deve ser suficiente para uma margem de lucro decente.

Mas nem todos acreditam que custos são fáceis de serem controlados em um ambiente em que celulares tornam-se cada vez mais versáteis e em que os fabricantes de telefones exigem cada vez mais recursos em seus produtos, como capacidades de conexão sem fio com vários tipos de redes, posicionamento por satélite, vídeo de alta qualidade e processamento de música.

"A única maneira é pela integração, mas você pode ir à bancarrota se não tiver a tecnologia pronta. Custos com pesquisa e desenvolvimento sobem a cada minuto. Eu já vi esse filme e sei onde ele acaba. A lista de desejos (de pesquisa e desenvolvimento) cresce a cada segundo", disse Greg Delagi, diretor da área de terminais sem fio da Texas Instruments.

"Eles irão subir e ter sucesso ou vão explodir", acrescentou.




Fonte: Reuters

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