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Economia
Sexta - 16 de Fevereiro de 2007 às 00:37

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O aumento do preço do gás boliviano fornecido para a TermoCuiabá provocará um reajuste de cerca de 0,2% nas contas de luz dos consumidores de 34 distribuidoras de energia que representam 95% do mercado do Sistema Interligado Nacional (todo o País, menos a Região Norte), segundo informou ontem o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.

O gás vai aumentar de US$ 1,19 para US$ 4,20 por milhão de BTU (unidade térmica britânica, usada para medir o produto), segundo acertado com a delegação boliviana chefiada pelo presidente Evo Morales. Mas esse acerto foi feito em separado, sem relação com a regra definida para o contrato de fornecimento de gás à Petrobrás.

Apesar de elevado - 253% - o aumento do gás da TermoCuiabá será diluído entre as demais fontes de energia que entram no sistema, segundo Rondeau. O aumento de 0,2% deverá ser aplicado à conta dos consumidores pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no momento do cálculo do reajuste anual das tarifas de cada uma das distribuídas afetadas. Assim, o impacto desse aumento não será pago nem pela Shell, que controla a usina, nem por Furnas, que compra a energia gerada pela TermoCuiabá.

O ministro de Hidrocarbonetos das Bolívia, Carlos Villegas, estimou ontem que esse aumento no gás vendido para a TermoCuiabá deverá representar uma receita adicional de US$ 44 milhões ao ano para seu país.

Rondeau justificou a atitude do governo de intermediar uma negociação entre a termoelétrica e a estatal boliviana YPFB por temer que os bolivianos pudessem interromper o fornecimento de gás à usina, o que poderia comprometer não somente o abastecimento de energia em Cuiabá, como o mercado de gás natural na região.

O ministro afirmou que havia no contrato da TermoCuiabá com a Bolívia um desequilíbrio econômico e financeiro, uma vez que o preço que estava sendo pago pelo gás era muito inferior ao que é pago pela Petrobrás pelo combustível transportado pelo gasoduto Brasil-Bolívia, cerca de US$ 4,20 por milhão de BTU. Segundo ele, os bolivianos argumentavam que o preço pago pelo gás para a TermoCuiabá não eram suficientes para cobrir os custos de produção. “O governo entrou para viabilizar a negociação”, disse Rondeau. As informações são do O Estado de São Paulo





Fonte: AE

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