Político venezuelano culpa EUA por ameaça da Al-Qaeda

O presidente da Comissão de Política Externa da Assembléia nacional, Saúl Ortega, disse hoje não acreditar na exortação feita pela rede Al-Qaeda a extremistas islâmicos de atacar instalações petroleiras em todo o mundo e afirmou que a ameaça faz parte de uma "estratégia terrorista" dos Estados Unidos. Ortega afirmou que é "muito suspeita" a forma como se difundiu o anúncio, que teria sido feito por uma facção terrorista saudita afiliada à Al-Qaeda.

O congressista insistiu que "não foi a Al-Qaeda" que divulgou a informação, "mas um organismo da CIA que faz uma tradução de uma TV a cabo ou um site na internet da Al-Qaeda". "Creio que (a ameaça) faz parte da estratégia terrorista dos Estados Unidos", afirmou o deputado. Segundo ele, tal ameaça faria parte de uma política dos Estados Unidos de "preparar o terreno" para ações no estilo terrorista na Venezuela.

O artigo em questão, publicado na revista online Sawt al-Jihad ("Voz da Guerra Santa"), afirma: "A longo prazo, os Estados Unidos poderiam reduzir sua dependência do petróleo do Oriente Médio e poderão satisfazer suas necessidades com o produto oriundo de Canadá, México, Venezuela e outros clientes novos ou duplicará sua dependência em fontes de energia alternativas; por isso, os interesses petrolíferos de todas as regiões que servem aos Estados Unidos, e não apenas no Oriente Médio, devem sofrer ataques". A Venezuela é o quinto exportador de petróleo do mundo e um dos principais provedores de petróleo e derivados ao mercado americano.