Alemanha condena homem à prisão por negar holocausto
Negar o holocausto é crime passível de pena de reclusão na Alemanha. Zundel não manifestou nenhuma emoção quando o juiz Ulrich Meinerzhagen leu o veredicto. Ele apenas balançava a cabeça ocasionalmente. O extremista e seus simpatizantes argumentavam que ele se manifestava apenas pacificamente e teve negado seu direito à livre expressão.
O advogado de defesa de Zundel, Ludwig Bock, informou que apelará da decisão judicial. "O mais notório é a recusa intransigente da corte em permitir argumentações de novas descobertas científicas ou opiniões de especialistas", disse Bock.
Herbert Schaller, outro advogado de defesa, insistiu perante a corte estadual de Mannheim que as evidências sobre o holocausto são baseadas somente em relatos de testemunhas e não em fatos concretos. Por sua vez, o promotor Andreas Grossmann, em seus argumentos finais qualificou Zundel como uma pessoa de quem o povo alemão deve ser protegido.
O julgamento contra Zundel começou em novembro do ano passado. Uma tentativa anterior de processá-lo, realizada em março de 2006, foi suspensa porque uma das advogadas de defesa, Sylvia Stolz, foi afastada do caso por suposta tentativa de sabotagem. Ela denunciou o tribunal como "um instrumento de dominação estrangeira".
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