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Economia
Quinta - 15 de Fevereiro de 2007 às 08:25

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O presidente da EPE, Carlos Baldi, afirma que a transferência da planta termelétrica para fora do país é uma hipótese ante as ameaças da crise do gás, mas seria a última cartada da companhia. Os custos para essa operação não foram estimados pela empresa, que investiu cerca de R$ 700 milhões na construção da unidade em Cuiabá. Outros R$ 750 milhões foram injetados nas obras do gasoduto que liga Bolívia e Mato Grosso.

"Poderíamos fazer como o Eike Batista que, ameaçado, transferiu a planta para o lado brasileiro. Ou poderíamos, por exemplo, levá-la para a China, país que apresenta uma taxa de crescimento fantástico. São hipóteses que poderão ser usadas em último caso, se o canal de negociação se esgotar". A transferência é possível pelo fato de que toda a planta é modular, o que permite a desmontagem e deslocamento do equipamento, o que não ocorre com o gasoduto.

"Isso é possível mas é claro que não é simples ou algo trivial que se faça de hoje para amanhã. Por isso nem temos o gasto dessa conta". Ele ainda lembra a via alternativa de utilização do óleo diesel como fonte geradora de energia. Mas a substituição da matéria-prima esbarra no mesmo problema: o custo com o diesel é praticamente 10 vezes superior ao do gás.

O cálculo é de que a geração a óleo demanda R$ 1,5 milhão ao dia ante aproximadamente US$ 50 mil gastos com a compra do gás, o que equivale hoje a R$ 105 mil ao dia. "O diesel o Brasil produz. Isso ao menos iria aliviar a pressão do gás, mas também por outro lado não é interessante se considerarmos o custo disso".

Apagão - A paralisação da térmica traz à tona o risco de novos apagões em Mato Grosso. A termelétrica gera 500 megawatts e responde por 70% da demanda de energia do Estado. "Acredito que hoje o país não tem condições de abrir mão de 500 megawatts. Isso colocaria o próprio Mato Grosso numa condição de superavitário em energia para até mesmo um déficit na matriz", posiciona, ao destacar que a existência da planta no Estado é fator decisivo na atração de vários empreendimentos industriais.(JS)




Fonte: A Gazeta

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