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Internacional
Quarta - 14 de Fevereiro de 2007 às 21:52

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Após ter sido internada, a ex-presidente argentina María Estela Martínez de Perón,75, se recupera favoravelmente de uma operação nesta quarta-feira, segundo informações de seus médicos. O médico argentino Daniel Ferro, responsável pela operação, disse hoje que o quadro de saúde da ex-presidente, conhecida como Isabelita, evolui favoravelmente.

"Ela está internada por uma fratura no punho", disse Ferro ao jornal argentino "Clarín". De acordo com o médico, ela está se recuperando no hospital espanhol de La Zarzuela.

Ferro desmentiu a informação publicada pelo jornal espanhol "El Pais" de que Isabelita teria sido operada por um problema no quadril e sofrido complicações posteriores. "Seu estado clínico é favorável", afirmou o médico.

Ordem de prisão

A Chancelaria argentina enviou à Espanha nesta terça-feira um pedido de extradição para a ex-presidente, que está atualmente em liberdade condicional em Madri. Isabelita teve sua prisão decretada por seu suposto envolvimento em crimes contra membros da oposição quando ela estava no poder.

Segundo um oficial da chancelaria, o pedido de extradição chegará em até 48 horas à embaixada argentina em Madri. Ele será então enviado ao Ministério das Relações Exteriores da Espanha, que deverá remeter o pedido à Justiça do país.

O juiz Raul Acosta, responsável pelo pedido de prisão, acusa Perón pelo desaparecimento de um militante político, Hector Fagetti, e pela detenção de um menor em fevereiro de 1976, um mês antes de ser derrubada por um golpe militar.

Há ainda um segundo pedido de prisão, emitido em janeiro deste ano pelo juiz Norberto Oyarbide, contra Perón. Oyarbide, que investiga oito homicídios cometidos pela Alianza Anticomunista Argentina --o grupo Triple A-- durante o governo da ex-presidente (1974-1976), quer interrogar Isabelita por sua responsabilidade nos incidentes.

Isabelita

A ex-presidente está atualmente em liberdade provisória, após ser presa durante três horas em Madri em janeiro. Como ela se negou a ser voluntariamente extraditada da Espanha para a Argentina, Isabelita deve aguardar os trâmites de sua extradição pela Justiça.

O juiz espanhol Juan del Olmo ordenou sua liberação após um acordo que prevê o comparecimento quinzenal da ex-presidente a uma estação de polícia, segundo fontes judiciais.

Isabelita Perón assumiu o poder na Argentina depois da morte de seu marido, Juan Perón. Apesar da entrada acidental, ela lutou para continuar no poder em meio à violência entre guerrilhas esquerdistas e esquadrões da morte que tomou a Argentina antes do golpe.

Em 1981, Isabelita foi condenada por corrução, mas obteve liberdade condicional no verão do mesmo ano e foi para o exílio na Espanha.

Ela foi perdoada em 1983, e em 1985 submeteu sua renúncia como líder do Partido Justicialista (peronista) de sua casa em Madri.

Duas pessoas que supostamente foram membros de esquadrões da morte na Argentina foram presas neste ano em ligação com outros casos de mortes e desaparecimentos. Um deles era assistente direto de Isabelita.





Fonte: Ansa

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