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Polícia Brasil
Quarta - 14 de Fevereiro de 2007 às 14:35

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Dois homens foram presos hoje pela manhã, em Sorriso, pela Polícia Federal. A operação 'Piratas da Lavoura' foi desencadeada pela delegacia de Guaíra (PR) e os mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos pela polícia de Mato Grosso. A Polícia Federal confirmou, ao Só Notícias, prisão dos acusados Jacob Salomão Filho e Sidnei Vitorino da Rocha. Os dois são acusados de estarem distribuindo agrotóxicos contrabandeados do Paraguai e revendendo na região.

De acordo com a PF, na casa de Jacob foram apreendidos aproximadamente 10 kg de agrotóxicos, documentos falsos e um revólver calibre 38. Na residência de Sidnei também foi encontrada uma pistola 380. Os dois estão sendo recambiados para Cuiabá, onde devem ser interrogados.

No mês de dezembro, foram apreendidas cerca de 4 toneladas de agrotóxicos em Sorriso. O produto, que teria saído do Paraguai e seria revendido do Nortão, foi localizado ainda em uma carreta.

Esta é uma nova etapa da operação 'Piratas da Lavoura' com o objetivo de desmantelar quadrilhas contrabandistas de agrotóxicos, baseadas em Guaira (PR), e fruto de um período de investigações que durou quase seis meses, durante os quais foram apreendidas mais de 10 toneladas de agrotóxico contrabandeado. Essas quadrilhas também têm ramificações em outras cidades do Estado, como Foz do Iguaçu, Cascavel, Marechal Cândido Rondom, Terra Roxa e Londrina, e também no Mato Grosso.

No total, 40 mandados de prisão e de busca e apreensão serão cumpridos em quatro Estados. A quadrilha atuava a partir da aquisição, no Paraguai, de venenos de fabricação chinesa, vendidos livremente no país, seguindo para o ensacamento ainda em território paraguaio, mas com embalagens fabricadas em Maringá (PR) e rótulos em português fabricados por uma gráfica de Guaira.

Os insumos entravam no Brasil por meio do Lago de Itaipú, divisa entre Brasil e Paraguai. Os contrabandistas paranaenses ainda misturavam o princípio ativo utilizado como agrotóxico com outros produtos químicos similares, porém mais baratos, aumentado ainda mais a lucratividade.

A importação se fazia sem o pagamento dos tributos correspondentes, configurando crime contra o Fisco.





Fonte: Só Notícias

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