Agentes carcerários prestam depoimento sobre fuga de presos
Fugiram da cadeia Antônio Sales de Souza, Alex do Ouro da Silva, Edivaldo dos Santos, Raimundo dos Santos Feitosa, Edil da Silva Araújo, João Batista da Silva, Claudemir Ribeiro dos Santos, Walmir Pereira Bussolario e Jéferson João do Carmo Gonçalves. Eles escaparam pelo buraco no banheiro da cela 2. No entanto, levantou a suspeita da possível participação de agentes na fuga porque seis desses presos estavam detidos em outras celas e conseguiram, de acordo com a Sejusp, "estranhamente" mudar de celas para a cela onde ocorreria a fuga.
A Sejusp decidiu, por meio da Portaria nº 25, instaurar uma Sindicância Administrativa para apurar as responsabilidades da fuga. O capitão da PM Sízano Attir de Oliveira Barbosa foi designado para presidir a Comissão Permanente, que deverá apresentar os resultados das investigações em 30 dias. Com a portaria, os seis agentes prisionais que atuavam na Cadeia Pública de Juína foram afastados das funções. Eles estão prestando depoimento desde as 8h na Delegacia Regional ao capitão Sízano.
O diretor interino da cadeia, Claudomiro Messias de Lima, disse ao RMT Online que o trabalho na cadeia não ficou prejudicado porque cinco agentes carcerários de Cuiabá foram designados para prestar serviços em Juína por conta do afastamento dos agentes suspeitos. "Os cinco agentes permanecerão aqui até que seja restabelecido o quadro. Por enquanto, o trabalho continua normalmente", disse o diretor ao RMT Online.
Claudomiro revela que a cela que foi danificada na fuga já foi recuperada. "Estamos esperando o cimento secar. A cela já está recuperada, mas ainda está interditada", completou Messias.
Recapturados
Os presos recapturados são Alex do Ouro da Silva e Jéferson João do Carmo Gonçalves. Alex foi preso suspeito de furto e Jéferson é acusado de cometer um homicídio. Eles foram detidos no mesmo dia da fuga, na casa de parentes.
Jéferson estava até mesmo com o julgamento marcado. O júri seria nesta segunda-feira, mas teve que ser adiado devido à fuga do detento. A nova data do julgamento ainda não foi definida.
A Cadeia Pública de Juína tem capacidade para 56 presos e abriga, atualmente, 71 detentos, sendo que 65 estão em regime fechado e seis cumprem pena em regime semi-aberto.
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