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Agronegócios
Sexta - 29 de Março de 2013 às 10:59
Por: Michael Hogan

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A Oil World, consultoria alemã de oleaginosas, reduziu na terça-feira sua estimativa para a colheita de soja do Brasil neste ano em 700 mil toneladas, e cortou sua previsão para a safra argentina em 1,5 milhão de toneladas, após um clima desfavorável atingir os dois países. 

A consultoria também afirmou que chuvas desfavoráveis resultaram em cortes em sua previsão da safra 2013 do Brasil para 81,3 milhões de toneladas, ante as 82 milhões estimadas em fevereiro, mas ainda acima das 66,4 milhões de toneladas colhidas pelo país em 2012. 

Em relação à Argentina, a Oil World prevê uma colheita de 48,5 milhões de toneladas de soja em 2013 após um recente clima frio, uma queda ante as 50 milhões de toneladas estimadas em fevereiro, mas ainda acima das 39,7 milhões de toneladas colhidas em 2012. 

Na safra passada, os dois países sofreram com uma severa seca. 

Grandes colheitas dos dois países sul-americanos são necessárias no início de 2013 para aliviar um aperto no mercado global de soja após a reduzida safra dos EUA ter abastecido os mercados mundiais nos últimos meses. Mas as exportações da nova safra brasileira têm decepcionado nas últimas semanas, com os portos do país enfrentando dificuldades para lidar com enormes carregamentos pedidos pelos consumidores mundiais de soja. 

A recente fraqueza dos preços da soja é "traiçoeira", uma vez que os fornecimentos menores que o esperado da América do Sul poderiam sustentar os mercados de soja, disse a Oil World. 

"Os fundamentos apoiam uma recuperação nos preços da soja das safras velhas", disse a consultoria. 

A Oil World acrescentou que "enquanto a queda nas exportações de soja dos EUA tem acelerado ultimamente, a recuperação sazonal os envios de carregamentos sul-americanos está muito baixa, mantendo os desembarque nos países importadores abaixo das necessidades." 

O governo argentino estimou na última quinta-feira a colheita de soja do país em 51,3 milhões de toneladas. A Argentina é o terceiro maior exportador mundial de soja após os EUA e o Brasil. 

Os produtores argentinos estão relutantes em vender suas novas safras de soja, disse a Oil World. 

"Atender à demanda mundial de importação somente será possível se suficientes grãos e produtos de soja da Argentina forem exportados a partir de abril", disse a Oil World. "Mas há um grande risco de que a soja vendida pelos produtores e entregue às esmagadoras e portos nas próximas semanas será inferior à necessidade do mercado global." 





Fonte: Reuters

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