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Terça - 13 de Fevereiro de 2007 às 11:15

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Um dos nomes mais falados na recente história de Mato Grosso. Uma figura conhecida e polêmica. Um dos oficiais mais destemidos da Polícia Militar nas últimas décadas. Homem ligado ao comendador João Arcanjo Ribeiro, apontado como chefe do crime organizado em Mato Grosso. Frederico Carlos Lepesteur, 58 anos, teve o braço e o ombro esquerdos amputados durante uma cirurgia de mais de 10 horas em São Paulo.

Coronel aposentado da PM, Lepesteur, natural do Rio de Janeiro, torcedor fanático do Fluminense e da Escola de Samba Salgueiro, teve o estado de saúde agravado nos últimos dias do ano passado. E o que muita gente não acreditava aconteceu. A notícia estava sendo mantida em sigilo há mais de dois meses devido a profunda depressão em que o ex-oficial mergulhou. A família fez de tudo para esconder a operação.

A família ainda teme pela repercussão, até porque não quer deixar uma sensação de pena, principalmente entre seus parentes e amigos mais chegados. Hoje o advogado Pedro Verão oficializou a amputação na Justiça Federal.

Até há pouco tempo, muitas pessoas, principalmente as próprias autoridades não acreditavam, sequer que o coronel Frederico Lepesteur estava com câncer. Muitas pessoas imaginavam que o coronel estava fazendo “teatro” juntamente com o advogado dele para se manter longe das grades. Acusado de ser um dos homens fortes do empresário João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, para quem trabalharia como “cobrador”, Lepesteur foi preso durante a “Operação Arca de Noé”, desencadeada pela Polícia Federal em 2001 para desmantelar uma suposta organização criminosa liderada pelo patrão.

Segundo as investigações da Polícia Federal, a organização chefiada por Arcanjo estaria por trás de muitas mortes “encomendadas” juntamente com o coronel Lepesteur. Só que a Polícia, segundo advogado Pedro Verão, nunca conseguiu comprovar nada contra o coronel Lepesteur.

Portador de um câncer nas costas, o ex-homem forte da PM viveu dias angustiantes entre a prisão na Penitenciária de Pascoal Ramos, internações hospitalares. Depois de ficar vários meses preso na Penitenciária de Pascoal Ramos, Lepesteur foi transferido para a Policlínica da PM, onde entrou e saiu várias vezes.

Há quase um ano cumprido prisão domiciliar, Lepesteur, além de perder um dos braços e parte do ombro, ainda teve seu estado de saúde agravado. Apesar da cirurgia, os medicos não garantiram nada além de muita luta, para pelo menos mantê-lo vivo. O coronel Lepesteur não quis falar sobre o assunto.





Fonte: 24HorasNews

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