Ex-homem forte de Arcanjo teve braço e parte do ombro amputados
Coronel aposentado da PM, Lepesteur, natural do Rio de Janeiro, torcedor fanático do Fluminense e da Escola de Samba Salgueiro, teve o estado de saúde agravado nos últimos dias do ano passado. E o que muita gente não acreditava aconteceu. A notícia estava sendo mantida em sigilo há mais de dois meses devido a profunda depressão em que o ex-oficial mergulhou. A família fez de tudo para esconder a operação.
A família ainda teme pela repercussão, até porque não quer deixar uma sensação de pena, principalmente entre seus parentes e amigos mais chegados. Hoje o advogado Pedro Verão oficializou a amputação na Justiça Federal.
Até há pouco tempo, muitas pessoas, principalmente as próprias autoridades não acreditavam, sequer que o coronel Frederico Lepesteur estava com câncer. Muitas pessoas imaginavam que o coronel estava fazendo “teatro” juntamente com o advogado dele para se manter longe das grades. Acusado de ser um dos homens fortes do empresário João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, para quem trabalharia como “cobrador”, Lepesteur foi preso durante a “Operação Arca de Noé”, desencadeada pela Polícia Federal em 2001 para desmantelar uma suposta organização criminosa liderada pelo patrão.
Segundo as investigações da Polícia Federal, a organização chefiada por Arcanjo estaria por trás de muitas mortes “encomendadas” juntamente com o coronel Lepesteur. Só que a Polícia, segundo advogado Pedro Verão, nunca conseguiu comprovar nada contra o coronel Lepesteur.
Portador de um câncer nas costas, o ex-homem forte da PM viveu dias angustiantes entre a prisão na Penitenciária de Pascoal Ramos, internações hospitalares. Depois de ficar vários meses preso na Penitenciária de Pascoal Ramos, Lepesteur foi transferido para a Policlínica da PM, onde entrou e saiu várias vezes.
Há quase um ano cumprido prisão domiciliar, Lepesteur, além de perder um dos braços e parte do ombro, ainda teve seu estado de saúde agravado. Apesar da cirurgia, os medicos não garantiram nada além de muita luta, para pelo menos mantê-lo vivo. O coronel Lepesteur não quis falar sobre o assunto.
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